O volume de negócios das empresas ao domicílio é dominado por uma pequena parte dos estafetas e faz movimentar milhões de euros em Portugal.
O negócio das entregas ao domicílio é controlado por apenas 8,5% dos operadores, em conformidade com os dados lançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes ao ano de 2021.
Os dados publicados pelo INE, acusam que, num setor em que atuam marcas como a Uber Eats e Glovo, a faturação do setor aumentou em 31,6% face ao mesmo período do ano anterior.
Este aumento acaba por se traduzir num acréscimo de 204 milhões de euros na faturação do setor, o que totaliza 852 milhões faturados de euros em 2021.
No que diz respeito ao número total de sociedades, empresários em nome individual e de trabalhadores independentes a operar na área da distribuição, os dados preliminares respeitantes ao ano de referência apontam para um total de 6.687 entidades.
Neste valor conclui-se, também, pelo seu aumento, registando-se mais 2.035 entidades do que aquelas que existiam em 2020. Face ao período anterior à pandemia são mais 3.906 entidades.
Recentemente, o Parlamento aprovou um novo conjunto de regras para o trabalho das plataformas digitais, como a Uber, Bolt, FreeNow e Glovo, que poderá colocar no Código do Trabalho um novo artigo, passando a regulamentar a “presunção de contrato de trabalho no âmbito de plataforma digital”.
O aparecimento e debate da nova legislação surge numa altura em que cada vez mais cidadãos europeus e estrangeiros trabalham ao serviço de aplicações como estas. Por sua vez, as plataformas digitais tendem a passar as responsabilidades para empresas “parceiras”.
Com a nova legislação procura-se conseguir conferir mais direitos e proteções a estes trabalhadores.

Sérgio Garcez, 20 anos, natural de Viana do Castelo. Atualmente frequenta o 3.º ano da licenciatura em Gestão na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP). Dado o seu interesse pela área financeira e o seu gosto pela escrita, ingressou na MeuCapital em março de 2022, com o objetivo de promover a literacia financeira em Portugal.