Que semelhanças tem o futebol com o Investimento Direto Estrangeiro?

Fonte da imagem: Instagram/Leomessi

O investimento direto estrangeiro explicado através do futebol

O Investimento Direto Estrangeiro (IDE), definido pelo Banco de Portugal, trata-se do investimento realizado por uma entidade residente numa determinada economia noutra economia, com o objetivo de controlar ou influenciar a gestão de uma dada empresa. 

Mas em que é que o IDE é semelhante ao futebol?

  1. A entrada em mercados estrangeiros permite que se desenvolvam habilidades e encontrem grandes talentos

Se pensarmos bem, tanto as empresas como os próprios jogadores de futebol recorrem aos mercados estrangeiros de forma a melhorar o seu desempenho. Olhemos para Cristiano Ronaldo, internacional português, com seis bolas de ouro já conquistadas.

Cristiano Ronaldo, nascido na ilha da Madeira, Portugal, mudou-se para a Inglaterra em 2003 e para a Espanha em 2009, de forma a crescer enquanto atleta.

Da mesma forma que os olheiros e clubes procuram por estes talentos no futebol, também no investimento estrangeiro direto existe uma procura de ativos estratégicos, onde os investidores entram nos mercados estrangeiros de forma a adquirir conhecimento ou talento que não encontram no seu país.

Olhando para o caso de Messi, o internacional argentino, trocou o Barcelona em 2021 pelo Paris St-Germain, equipa francesa onde apenas 35% dos seus jogadores são franceses. Aqui vê-se a necessidade que existe em se cruzarem fronteiras para encontrar estes ditos talentos.

  1. A entrada em mercados estrangeiros traz experiência administrativa e executiva

Da mesma forma os jogadores procuram melhorar dentro de campo, também as empresas e equipas de futebol procuram os melhores gestores no exterior. Em 120 anos de história do Barcelona, ​​mais da metade dos treinadores principais eram estrangeiros.

Existem muitos exemplos de sucesso gestionário além fronteiras como é o caso de Elon Musk (Tesla, SpaceX) originário da África do Sul.

  1. A entrada em mercados estrangeiros permite que se tirem benefícios de recursos que não existem no país de residência

Da mesma forma que os clubes de futebol recorrem aos mercados estrangeiros para ter acesso a determinados recursos naturais (campos de treino e estágio), também as empresas o fazem.

Por exemplo, Tenerife, na Espanha, tornou-se num dos locais favoritos para treino sob climas quentes, tendo já recebido mais de 250 equipas de futebol, vindas de vários países como a Inglaterra, República Checa, Alemanha, entre outros.

O mesmo acontece com as empresas que, através do IDE, procuram aceder a certos recursos naturais que não dispõem no seu país.

  1. Entrar em mercados estrangeiros permite que se aumente a competitividade

As equipas de futebol que se qualificam para na Liga dos Campeões, por exemplo, beneficiam de uma competição mais desafiadora, principalmente quando se compara com o campeonato nacional.

O mesmo se aplica ao investimento: os Governos que impõem limites à entrada e saída de IDE acabam por colocar as suas empresas em desvantagem competitiva, não se criando incentivos à I&D.

  1. A construção de organizações mais fortes 

É cada vez mais comum vermos grandes clubes a serem vendidos. Por exemplo, o City Football Group, propriedade de Abu Dhabi, detém 12 clubes, tendo começado por adquirir o Manchester City.

Da mesma forma, assim como no futebol, também nas fusões e aquisições internacionais são vistas, pelos investidores, oportunidades de sinergias entre várias organizações.

Conclui-se, assim, que o futebol e o investimento direto estrangeiro são muito semelhantes, apresentando vários pontos em comum.

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