Ye, o rapper americano mais conhecido por Kanye West, viu várias marcas a cancelarem os seus contratos consigo após ter feito um discurso antissemita.
Várias marcas de moda como Gap, Balenciaga e Adidas – com quem Ye tinha uma forte parceria com as famosas Yeezy – decidiram cancelar os contratos que mantinham com o rapper americano e, desta forma, afirmar a sua posição face ao discurso do artista.
Ye tem sido um dos artistas mais populares e notáveis dos últimos tempos a nível mundial, tendo tido inúmeros êxitos e marcando presença constante nos rankings da Billboard.
No entanto, tudo o que veio a conquistar foi, agora, colocado em risco devido aos recentes comentários feitos pelo intérprete.
No mês de setembro, Ye já tinha provocado uma forte polémica quando utilizou uma t-shirt que dizia “White Lives Matter” – fazendo alusão ao movimento “Black Lives Matter”, que ganhou forte adesão após a morte do cidadão afro americano George Floyd, nos EUA.
A verdade é que as ações de Ye começam a ter também impacto naquela que é a sua principal profissão, na carreira musical. As streams nas canções de Ye caíram 23% nos Estados Unidos entre 13 e 20 de outubro.
O cancelamento de vários contratos com o rapper americano fez com que este deixasse de fazer parte da lista de bilionários da Forbes. Com o encerramento do contrato com a Adidas, estima-se que o artista tenha perdido 1,5 bilhões de dólares do seu património líquido.
A Adidas justificou a sua posição assumindo que não tolera o “antissemitismo e qualquer outro tipo de discurso de ódio”, tendo tomado a decisão de término da ligação 17 dias após o rapper ter postado comentários antissemitas nas redes sociais.
Por sua vez, a Adidas afirmou que com o término do acordo perderá 251 milhões de dólares. Ao mesmo tempo, a marca afirmou que iria proceder à recolha dos produtos com a marca do rapper do mercado.
A empresa fundada na Alemanha, já tinha dito que a parceria com a marca Yeezy foi uma das mais bem-sucedidas da história da empresa.
Para além das restrições económicas com que se veio a deparar, Ye viu as suas contas de Instagram e Twitter serem banidas após os seus comentários terem sido classificados como antissemitas.

Sérgio Garcez, 20 anos, natural de Viana do Castelo. Atualmente frequenta o 3.º ano da licenciatura em Gestão na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP). Dado o seu interesse pela área financeira e o seu gosto pela escrita, ingressou na MeuCapital em março de 2022, com o objetivo de promover a literacia financeira em Portugal.