Quais são os maiores riscos para a Humanidade?

De acordo com o relatório “Global Risks Report 2022”, os riscos que apresentam uma ameaça para Portugal nos próximos dois anos – segundo os empresários portugueses – são, sobretudo, de cariz económico. A estagnação económica prolongada, a crise da dívida nas grandes economias, a crise de emprego/subsistência, a desigualdade digital e o colapso/falta de sistemas de segurança social são apenas alguns dos mencionados.

No entanto, no resto do mundo, a conclusão é radicalmente diferente. De acordo com o mesmo relatório, são os riscos climáticos que dominam, neste momento, todas as preocupações a nível global.

Edgar LopesChief Risk Officer da Zurich em Portugal – explica que “o que falta aos líderes portugueses é melhorar a mentalidade da gestão de risco porque, na azáfama do dia a dia, continuamos a gerir muito os riscos no curto prazo e não no médio e longo prazo. Portanto, falta-nos aqui uma visão sistémica”. Segundo ele, “Portugal estava a ter um crescimento económico já sustentável e toda esta crise pandémica veio estagná-lo. É natural que nos queiramos preocupar com a retoma da economia e com as desigualdades sociais, mas não nos podemos esquecer das questões do ambiente e da natureza, que estão na base de tudo o que fazemos”.

Peter GigerGroup Chief Risk Officer do Zurich Insurance Group – refere ainda que “A crise climática continua a ser a maior ameaça a longo prazo que a humanidade enfrenta. Falhar no combate às alterações climáticas pode diminuir em um sexto o PIB mundial e os compromissos estabelecidos na COP26 continuam a não ser suficientes para atingir o objetivo dos 1,5ºC. Não é tarde demais para os governos e as empresas agirem perante os riscos que enfrentam e para impulsionarem uma transição inovadora, determinada e inclusiva, que proteja economias e pessoas”.

Os resultados da 17ª edição do estudo elaborado pelo Fórum Económico Mundial em parceria com os grupos Zurich, Marsh McLennan e SK apontam o fracasso climático e a crise social como dois dos principais riscos globais já para este ano de 2022. A pandemia e as alterações climáticas são os fatores que mais contribuem para estas conclusões.

A análise mostra que um em cada seis especialistas está otimista e que apenas um em cada dez acredita que a recuperação mundial vai acelerar. 

O relatório aborda, ainda, quatro áreas de riscos emergentes, nomeadamente a cibersegurança, a competição espacial, a transição climática desordenada e as pressões migratórias, todas elas com a necessidade de uma gestão global para que tenham sucesso. Neste sentido, os líderes são incentivados a pensar além do ciclo de relatórios trimestrais e a criar políticas que façam a gestão de riscos e que moldem a agenda para os próximos anos.

Autor: Carolina Miguel Ferreira

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