A produção das energias renováveis, a injeção de verbas no sistema de energia, a produção hídrica e o mecanismo ibérico são as razões que farão com que os preços de energia pesem menos na carteira dos portugueses. No ano que agora inicia, estes vão estar abaixo da inflação e vão puxar a inflação portuguesa para baixo.
Mercado regulado
No mercado regulado, a eletricidade vai subir 1,6%, em relação a dezembro, ou sofrer um aumento de 3,3%, se a compararmos com a média de 2022. Mas, no mercado liberalizado, pode descer entre 11% e 15%.
“Os portugueses, os consumidores, devem comparar aquilo que são as ofertas do seus comercializadores com outros comercializadores, nos simuladores, para poderem projetar poupanças significativas.”, refere o ministro do Ambiente.
Subida de 3% no gás
Na eletricidade, cabe ao consumidor olhar para a fatura, e fazer contas. Já no caso do gás, os preços competitivos estão no mercado regulado, ainda que vá subir 3%.
Duarte Cordeiro prossegue, indicando que “O preço da tarifa regulada é, neste momento, mesmo com o aumento previsto de 3%, 65% abaixo do preço mais baixo que nós encontramos no mercado, no caso dos domésticos e, 70% abaixo, no caso dos pequenos negócios”.
Na conferência de imprensa, o Governo até admite que os preços possam baixar mais, chegando a níveis de 2021. Por exemplo, neste mês de dezembro, já estamos a ter um peso das energias renováveis, no total da produção da energia elétrica, de 76%, o que é bastante acima da referida média. Portanto, é essencial que nós tenhamos a continuidade do peso da produção de energia renovável no total da geração de energia elétrica. Sabemos ainda, que, uma vez que possuímos mais energia renovável, também vamos ter mais benefícios do mecanismo ibérico.
Feitas as contas, a conclusão é óbvia para o Governo. As soluções encontradas compensam. No caso do mecanismo ibérico, Portugal e Espanha vão reunir-se no próximo mês, para apresentarem uma proposta de renovação, em Bruxelas.

Diogo Martins, 19 anos, natural de Leiria, estuda Filosofia, Política e Economia, na Faculdade de Ciências Humanas, na UCP. Membro da associação de estudantes, o seu desejo de conhecer mais sobre o mundo económico e financeiro, bem como a vontade de aumentar a literacia destas áreas, em Portugal, levou-o a aceitar o desafio de se tornar embaixador da MeuCapital, em maio de 2022.