Para muitos a COVID-19 tornou-se uma ameaça para poupar. Outros viram na pandemia a oportunidade de crescer e de ver os seus lucros aumentar.
O Coronavírus veio afrontar tudo e todos num período em que o país apresentava crescimento económico. Assistimos neste último ano, por exemplo, empresas a declarar falência, outras a suspender grande parte da sua atividade, lay-offs, despedimentos e investimentos a não serem realizados. Infelizmente a lista é demasiado longa e os efeitos negativos na dívida pública e no PIB são claros.
Foram tudo coisas más? Creio que a resposta é um claro “Não”.
Encontramos exemplos de desenvolvimento de novas áreas de negócio, prestação de novos serviços, como entregas ao domicílio e assistência online, e uma maior flexibilidade de trabalho. Os especialistas indicam que o teletrabalho, forçado pelo COVID, permitiu um salto tecnológico que demoraria mais de 10 anos a alcançar em situações “normais”.
Será esta situação uma oportunidade ou uma ameaça à poupança?
A resposta depende da situação de cada um. Pessoas como proprietários de estabelecimentos comerciais ou de empresas profundamente afetadas, trabalhadores colocados ou em risco de serem colocados em lay-off, prestadores de serviços em nome próprio, entre outros, podem ter as suas poupanças seriamente ameaçadas. Este conjunto de pessoas tem ou poderá ter uma quebra de rendimentos, e possivelmente a necessidade de usar parte das suas poupanças.
Por outro lado, temos todos aqueles que foram colocados em teletrabalho e que viram um conjunto de despesas mensais diminuírem. Despesas relativas ao transporte e à alimentação, que são uma parte considerável do orçamento de todas as famílias, reduziram bastante. Se conseguirem evitar tentações como compras online, subscrições de serviços de streaming e outros gastos que normalmente não teriam, então estas pessoas verão um aumento da sua capacidade de poupar durante a COVID-19.
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José Sismeiro, 27 anos, natural de Leiria. Licenciado em Economia pela Universidade Católica Portuguesa. Mestrado double degree em Finanças – UCP e Norwegian Business School. Trabalhou na Norfin, em Fundos de Investimento Imobiliários, com 300M€ AUM.
Desde 2019, vive e trabalha em Genebra, Suíça, na área de Private Banking do J.P. MORGAN.