Cada vez mais os depósitos a prazo deixam de ser um produto interessante para os portugueses. Atualmente, o retorno dos depósitos a prazo nos principais bancos nacionais é inferior a 0,5% ao ano. Apenas em campanhas especiais ou em Bancos mais pequenos, conseguimos taxas de juro de até 1% ao ano. Sobre este valor, teremos ainda de pagar impostos, retirando assim 28% do juro recebido.
Por isso, tem havido um crescente desinteresse nos depósitos a prazo e um aumento na procura de outros produtos financeiros com retornos mais atrativos.
Por outro lado, os depósitos a prazo são um produto financeiro bastante simples. Todos os depósitos a prazo estão garantidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos até um máximo de 100 mil euros por cada titular de conta e por cada banco onde o titular tenha conta. Dando um exemplo, se 2 pessoas tiverem uma conta conjunta em 3 bancos diferentes, os depósitos estarão garantidos até a um máximo de 200 mil euros em cada um dos bancos, perfazendo um total de 600 mil euros. No entanto, e usando o mesmo exemplo, se estas duas pessoas tiverem 600 mil euros em depósitos a prazo no mesmo banco, estão apenas garantidos 200 mil euros. Pelo que, é importante fazer uma gestão do valor dos depósitos em cada banco.
A simplicidade e a segurança dos depósitos a prazo, torna-os um excelente produto de iniciação para a poupança. Constituir um depósito a prazo pode ser um ótimo incentivo para começar a poupar, pois permite ver de imediato o resultado do esforço aplicado.
Muitas vezes, a transferência de dinheiro da conta à ordem para um depósito a prazo leva a que esse valor não seja gasto. O facto do dinheiro não estar disponível à ordem, cria uma maior propensão para o poupar.
Este método é usado com sucesso por muitas pessoas.
*O colunista escreve a título de opinião pessoal, sem vinculação com a sua entidade patronal.
Este artigo não representa aconselhamento financeiro.

José Sismeiro, 27 anos, natural de Leiria. Licenciado em Economia pela Universidade Católica Portuguesa. Mestrado double degree em Finanças – UCP e Norwegian Business School. Trabalhou na Norfin, em Fundos de Investimento Imobiliários, com 300M€ AUM.
Desde 2019, vive e trabalha em Genebra, Suíça, na área de Private Banking do J.P. MORGAN.