Portugal não segue a tendência de aumento de milionários no Mundo

De acordo com o Global Wealth Report 2022 do Credit Suisse, divulgado esta terça-feira, foram 62,5 milhões, as pessoas cujo património foi avaliado como igual ou superior a um milhão de euros em 2021. Este foi o ano que se apresentou o maior crescimento do património dos milionários desde o início dos anos 2000, e a previsão apontada é de que, em 2026, existam 87,5 milhões de milionários.

Analisando a realidade portuguesa, no ano transato, o número de milionários encontrou-se nos 159 mil, que comparativamente ao ano de 2020, caíra em cerca de 10 mil, o equivalente a um decréscimo de 6%, que vai contra a corrente mundial que obteve um crescimento de 9%.

Segundo o relatório do banco de investimento suíço, cada um dos mais de 8,3 milhões de adultos portugueses tinham em média uma riqueza avaliada acima dos 154 mil dólares (154 mil euros), o que representa um aumento de 8% em relação ao ano anterior e acima da média mundial de 87,5 mil dólares. No início da década, a riqueza média de um português era de 52,4 mil dólares. 

O intervalo de riqueza entre 10 mil dólares e 100 mil dólares é o que cobre a grande maioria dos portugueses (43,8%), sendo de seguida o que se situa entre os 100 mil dólares e um milhão de dólares (31,3%).

O estudo do Credit Suisse apresenta também um decréscimo do número de pessoas na base inferior da pirâmide de riqueza (com património até 100 mil dólares), aumentando, por sua vez, na parte superior (com património acima dos 100 mil dólares).

Relativamente à riqueza global das famílias, esta atingiu um valor recorde de 463,6 biliões de dólares no final do ano passado, proporcionando um acréscimo de quase 10% face a 2020 e “muito acima da média de 6,6% registada desde o início do século”, tendência que, de acordo com o banco suíço, é justificada pela subida do valor dos ativos financeiros e não financeiros. Porém, tendo em conta o impacto da inflação, cujas pressões se intensificaram na parte final do ano passado, o crescimento da riqueza em termos reais foi de 8,2%.

O Credit Suisse destaca que nem todos os países seguiram a mesma tendência, sendo que as perdas de riqueza se encontram, essencialmente, “associadas à desvalorização da moeda em relação ao dólar americano, afetando por exemplo, Japão, Itália e Turquia”.

Autor: Pedro Nunes

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