Portugal: elevadas horas de trabalho, salários baixos e stress

Portugal é um dos países europeus com maior risco de Burnout (Síndrome de esgotamento profissional), possui as semanas de trabalho mais longas (em média 39.45h por semana) e está entre os salários mais reduzidos (média de € 23.375 ao ano em 2020).

Ao mesmo tempo, o país ocupa o 22º lugar no que diz respeito à produtividade por hora de trabalho (65.8), ficando apenas à frente da Bulgária, Grécia, Letónia, Polónia e Roménia. Ou seja, em Portugal trabalha-se mais mas produz-se menos.

Estes números relacionam-se no sentido em que a perda de produtividade pode estar associada ao stress e burnout, que levam ao absentismo e geram custos acrescidos às empresas.

De acordo com o relatório da OCDE sobre o bem-estar da população, os pontos que mais impactam os portugueses são os baixos rendimentos líquidos da família, a baixa satisfação pessoal (o quanto o indivíduo se considera feliz), e a baixa participação cívica, onde a participação eleitoral é abaixo de 50% dos eleitores listados. A segurança e as boas condições de moradia foram os pontos mais positivos avaliados pela comunidade.

No Relatório da Felicidade Mundial, patrocinado pela ONU, Portugal ocupa a 56ª posição. Neste relatório são tidas em conta variáveis como a expectativa de vida, o PIB, a generosidade, o suporte social, a liberdade e a corrupção. Mesmo com a subida de dois lugares no ranking desde o último relatório de 2019, em 2022 o país continua a ter um dos níveis de felicidade mais baixos da Europa, e fica atrás de países como o México (46º) e o Brasil (38º).

Autora: Maysa Deliberador

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