Políticas anti-trust chinesas travam nova fusão

O regulador do mercado chinês disse, no sábado, que iria bloquear o plano da Tencent Holdings Ltd de fundir os dois principais sites de live streaming de videojogos do país, Huya e DouYu , por razões anti-trust.

A Tencent anunciou, pela primeira vez, planos para fundir a Huya e a DouYu no ano passado, numa fusão concebida para unir as suas participações de mercado. Se esta fusão fosse para a frente as duas empresas juntas teriam cerca de 80% de quota num mercado de valor superior a 3 mil milhões de dólares e em rápido crescimento.

O que iria contra as políticas anti-trust chinesas, sendo que as quotas de mercado tão elevadas levariam a monopolização deste mercado em crescimento.

Tencent é a maior acionista da Huya com 36,9% e detém também mais de um terço da DoYu, ambas as empresas cotadas em bolsa norte-americana.

A Reuters informou que a Administração Estatal de Regulamentação do Mercado planeia bloquear o negócio na segunda-feira, dia 12 de julho.

A SAMR avaliou que a quota de mercado combinada da Huya e da DouYu na indústria de transmissão em direto de videojogos seria superior a 70%, e que a sua fusão reforçaria o domínio da Tencent neste mercado, dado que a Tencent já tem mais de 40% de quota de mercado no segmento de operações de jogos online.

“Iremos cumprir com a decisão, com todos os requisitos regulamentares, operar de acordo com as leis e regulamentos aplicáveis, e cumprir com as nossas responsabilidades sociais”, afirmou a Tencent.

DouYu afirmou que “respeita plenamente a decisão regulamentar e que pretende cooperar ativamente com os requisitos regulamentares para operar em conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis”.

Este bloqueio deriva de uma repressão contínua contra as empresas tecnológicas chinesas por parte do governo, que se deve a diversas tentativas de criação de monopólios por parte destas gigantes tecnológicas.  Também no início deste ano, o regulador anti-monopólio aplicou uma multa recorde de 2,75 mil milhões de dólares à gigante do comércio eletrónico Alibaba por se envolver em comportamentos monopolistas.

Autor: Diogo Trindade Monteiro

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