Joe Biden prometeu aos americanos, como parte da sua campanha na corrida às presidenciais de 2020, um projeto de investimento de dimensão estratosférica. O plano “Build Back Better” consiste em alocar um montante de 3 biliões de dólares para dinamizar a economia americana, montante que representa cerca de 14% do PIB dos EUA.
Este projeto tem como principais objetivos: a equidade salarial, o estímulo da economia americana e a redução das emissões de carbono através da implementação de energias limpas. Para além disso, uma parte do montante será disponibilizado para ajudar as famílias e as empresas que sofrem atualmente devido à pandemia.
O programa do sucessor de Donald Trump poderá ser financiado em parte, através de um aumento nos impostos sobre as grandes empresas e os mais abastados.
Como é de esperar, a classe alta e os opositores de Joe Biden não estão entusiasmados com este projeto, uma vez que a carga fiscal aumentará consideravelmente nos próximos anos. O próprio senador de Kentucky, Mitch McConnell, afirma que “ O plano governamental para as infraestruturas será como um “Cavalo de Tróia” para o aumento da carga fiscal”.
Se refletirmos, chegaremos a duas possibilidades distintas: a primeira é que o aumento da carga fiscal fará a economia abrandar e poderá retardar algumas das maiores empresas mundiais e a segunda é que o aumento do investimento público poderá resultar na dinamização da economia.
Joe Biden espera que, já em 2035, exista uma economia à base de energias renováveis e de certa forma, mais próxima da equidade salarial entre os cidadãos a seu cargo.
Após o PIB dos EUA ter recuado 3,5% em 2020, poderá ser este o projeto que fará a economia americana prosperar novamente?
Autor: Rodrigo Melo