A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com sede em Paris, reviu, na passada quarta-feira, dia 8 de junho, as previsões económicas relativas ao PIB deste e do próximo ano, 2023.
As previsões diminuíram em 0,4% o Produto Interno Bruto português, passando dos 5.8%, previsto em dezembro do ano passado, para 5.4%. Para o próximo ano, 2023, as previsões também foram revistas, tendo ocorrido uma diminuição da projeção realizada no passado, perdendo assim 0,9% e situando-se o crescimento em 1,7%, ao invés dos 2,8% inicialmente previstos.
Este crescimento é fundamentado, segundo a instituição, pelo investimento que se realizará, devido aos fundos europeus, à retoma do turismo.
Apesar desta revisão, Portugal, segundo as previsões da OCDE, continuará a crescer acima da Zona Euro, variando este ano +2,6% e 1,6% no próximo ano.
Em contraste com as previsões da OCDE, podemos verificar que as previsões da Comissão Europeia apontam para 5,8% de crescimento para o PIB português e o Fundo Monetário Internacional que aponta para 4%.
A taxa de desemprego, segundo a OCDE, em Portugal, deverá ser de 5,8% em 2022 e 5,7% em 2023.
A OCDE deixou algumas sugestões para fazer face aos altos preços da energia, priorizando o apoio às famílias e empresas mais afetadas. Por exemplo, a substituição da redução das taxas sobre os combustíveis por outros tipos de apoio financeiro.
Se a inflação tem sido o grande tema dos últimos meses, a OCDE estima que esta se fixe, para Portugal, nos 6,3% e 4% em 2022 e 2023, respetivamente. Para a europa, a inflação, no corrente ano, deve acelerar para os 7% e cair para os 4,6% em 2023. A estagnação do PIB, na casa dos 0,3%, o choque energético e o aumento do preço dos combustíveis foram variáveis que impulsionaram a inflação, cujas consequências passarão pela contração do rendimento em 2022 e um pequeno crescimento em 2023.
Samuel Silva
Samuel Rodrigues Silva, 20 anos, natural de São João da Madeira e estudante de 2.º ano de economia na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Gosto de me envolver em projetos externos à faculdade, uma vez que me permite conhecer mais da realidade empresarial e social do mundo. Pertenci à direção da Júnior Empresa de Estudantes da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (JEEFEUC) onde desenvolvi soft e hard skills.
