Esta quinta-feira, dia 1 de julho, o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) registou o valor mais elevado desde outubro de 2018, atingindo o valor máximo intradiário de 76,19 dólares por barril e uma subida de 2,04%. Esta importante marca ocorreu no mesmo dia da reunião da OPEP, a Organização de Países Exportadores de Petróleo.
O preço do petróleo bruto WTI tem registado uma subida significativa de aproximadamente 58% desde o início de 2021, um movimento que, segundo analistas, tem sido potenciado maioritariamente pela crescente procura por este recurso, numa altura em que a economia mundial recupera da pandemia COVID-19. As companhias de transporte de bens e indústria da aviação comercial são consideradas as principais participantes no aumento da procura por petróleo. É importante realçar que em abril do ano passado, no começo da pandemia global, os futuros de crude alcançaram os 37,63 dólares negativos.
Com a notável subida do valor do petróleo bruto, também o preço dos seus derivados aumentou consideravelmente, tais como os combustíveis automóveis. Nos últimos meses, tem-se verificado um acréscimo no preço da gasolina, que há um ano atrás, nos EUA, estava nos 0,57 dólares por litro e que atualmente se encontra nos 0,82 dólares por litro. Segundo Jeff Currie, diretor global de commodities na Goldman Sachs, a medida proposta pela OPEP de aumentar a produção diária de barris de petróleo em 500 mil, “poderá não ser suficiente para impedir que os preços continuem a subir”.
Especialistas esperam mesmo que os preços dos combustíveis continuem a aumentar, potenciados pelas previsões feitas por grandes empresas do setor energético, que acreditam que o valor do crude WTI pode atingir os 100 dólares por barril brevemente, algo que não se verifica desde julho de 2014.
Líderes de mercado, como a Chevron ($CVX) e a Exxon Mobil ($XOM) pretendem aproveitar esta potencial oportunidade para desenvolver os seus planos de transição para as energias renováveis.
Autor: Diogo Neves
