O investidor da Tesla encontra-se descontente perante as ações de Elon Musk. O mercado de ações flutua de forma alinhada com os vários rumores e acontecimentos e com a Tesla não foi diferente. Mas existem razões para duvidar das intenções do CEO?
Em 2003, Musk fundou a Tesla e evitou vários cenários de falência e insolvência. Em 2018 e 2019, a Tesla alcançou a maior valorização em termos de mercados financeiros. A empresa especializada na produção e vendas de carros elétricos de carácter único foi uma das empresas que ultrapassaram a marca de 1 milhão de milhões de dólares em valorização de mercado, algo alcançado ainda em 2021.
As intenções de Elon passam por valorizar a empresa em 5 milhões de milhão de dólares a médio-longo prazo, porém, o inimaginável aconteceu e está a causar frustração entre os milhares de investidores da Tesla.
No final de 2021, o stock price da empresa era equivalente 352,26 dólares, o equivalente a 1.1 milhão de milhões de dólares. Nos dias que correm, a capitalização de mercado da Tesla encontra-se a 137,80 dólares per share, o que corresponde a 435,1 mil milhões. Analíticamente, em apenas um ano, as ações da automaker caíram 61% do seu valor sendo que a capitalização colapsou 680 mil milhões.
Os shareholders verificaram perdas de enorme dimensão, algo difícil de interpretar, uma vez que as bases continuam em perfeito funcionamento ainda que exista alguma instabilidade na oferta nos Estados Unidos da América e China. A Tesla tem enfrentado algumas dificuldades em termos de produtividade nas suas novas fábricas no Texas, Berlim e Shanghai. As restrições implementadas para combater os contágios na China e as cadeias de fornecedores disfuncionais são alguns dos problemas apontados pelos analistas, como forma de enunciar o momento e a perfomance da fabricante.
Enquanto Elon Musk tenta reestruturar o Twitter, o mercado autómovel vai demonstrando a sua volatilidade. As elevadas taxas de juro e as perspectivas de recessão são fatores de preocupação para os consumidores e a procura pelos carros estilosos com o seu próprio ecosistema de carregamento está a desacelerar.
Nos Estados Unidos, os elétricos da Ford, General Motors e Hyundai estão a vender mais que a originalmente líder. Como se não bastasse, a competição irá densificar-se através do lançamento do novo Cadillac Lyric e Nissan Ariya, dois modelos totalmente elétricos. Na China, a Tesla encontra um desafio exigente com fabricantes locais como a BYD, que este eliminou a produção de veículos a combustão como método para se focar apenas na produção elétrica. Os resultados têm sido positivos e a BYD já ultrapassou o número de carros vendidos pela norte-americana. Da mesma forma, na Europa, a Volkswagen e as suas subsidiárias como a Audi já estão a vender mais automóveis que a Tesla, ainda que o Tesla Model Y e Model 3 se mantenham na lista de carros elétricos mais populares.
Assim, é notável a inovação constante que as várias concorrentes estão a introduzir no mercado e a Tesla parece estar a perder quota de mercado.
Aparentemente, vários investidores culpam o próprio CEO, Elon Musk. A sua gestão a part-time conciliada com as operações na rede social, refletem o stock price da produtora e Musk já chegou a proceder à venda em massa de ações da norte-americana, com vista a alocar capital em operações na rede social.
Desde que a aquisição do Twitter foi processada, as ações da Tesla caíram a pique. Em menos de 2 meses, o stock price da empresa reduziu-se em 39% e a volatilidade de mercado pode realmente provocar quedas mais dolorosas para os investidores.
Como forma de combater a omnipresência entre ambas as empresas, o Elon resignou a sua posição de líder máximo da rede social e este pode ser um sinal de reestruturação de paradigma em prol do objetivo a longo prazo: a valorização de mercado de 5 milhões de milhão.
