Os preços do petróleo continuam a subir

Os preços do petróleo subiram esta sexta-feira, e caminharam assim durante o dia para o quinto ganho semanal consecutivo, resultante das expectativas de que o crescimento da procura supera o da oferta e de que os produtores da OPEP+ serão cautelosos e conservadores no que concerne em aumentar oferta no mercado a partir de agosto.

O Petróleo Brent subiu 0,2%, atingindo os 75,74 dólares por barril, caminhando para um aumento semanal de 2,9%. O petróleo bruto (crude) subiu 0,4%, atingindo os 73,59 dólares por barril, caminhando para um ganho semanal de 2,6%. Ambos os contratos de referência no mercado do petróleo fecharam, esta quinta-feira, nos níveis mais altos desde outubro de 2018.

“Os preços do petróleo foram sustentados nas últimas semanas, beneficiando do declínio contínuo dos stocks globais de petróleo, uma vez que a procura por petróleo continua a crescer, embora de forma desigual”, disse o analista do UBS Giovanni Staunovo. Acrescentou ainda que “com a previsão de maiores quedas nos stocks de petróleo no futuro, esperamos que os preços do petróleo continuem a subir durante o 3º trimestre 2021”.

Segundo os analistas, a aprovação do projeto de infraestrutura dos EUA aumentou o otimismo sobre as perspectivas de procura de energia, apoiando e sustentando assim os preços do petróleo.

Todos os olhos estão agora voltados para a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, Rússia e aliados (juntos chamados de OPEP+), que se devem reunir dia 1 de julho para discutir uma maior flexibilização dos cortes na produção a partir de agosto.

“O grupo de produtores tem um amplo espaço para aumentar a oferta sem prejudicar a redução dos stocks de petróleo, dadas as perspetivas de procura mais otimistas”, disse Stephen Brennock, da corretora de petróleo PVM.

Os principais fatores que a OPEP+ terá de considerar são, o forte crescimento da procura nos Estados Unidos, Europa e China, impulsionado pelo lançamento das vacinas e pela reabertura das economias, e por outro lado, tal como defendem os analistas, a consideração de que esse aumento é contrabalançado pelo aumento de casos e surtos de COVID-19 em outras partes do mundo.

Autor: Fábio Lopes 

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