Embora a pandemia da covid-19 tenha sido, na sua maior parte, repleta de incertezas, há uma coisa em que podemos confiar: os nomes do vírus e as suas variantes e o efeito que têm nas empresas que por acaso partilham esses nomes. Certamente nos lembramos de todas as piadas dos meios de comunicação social relativamente ao facto de a marca de cerveja Corona partilhar o nome com o vírus ou, até, quando a Delta Air Lines se recusou a referir a variante delta como tal.
Há, agora, uma nova variante a fazer manchetes, que está a afetar nada mais nada menos que uma moeda criptográfica (anteriormente) pouco conhecida que possui o mesmo nome que a nova variante da covid-19.
No dia 26 de novembro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) saltou duas letras do alfabeto grego para nomear a nova variante do coronavírus, B.1.1.529, como ômicron, alertando para os seus riscos. Tal anúncio provocou uma forte queda na bolsa, particularmente no mercado crypto. No entanto, uma criptomoeda pouco conhecida permaneceu resiliente e, inclusive, multiplicou o seu preço 10 vezes ao longo desse fim de semana: a OMICRON (OMIC), moeda lançada no início de novembro, com o mesmo nome da variante sul-africana da covid-19.
De acordo com a Coinmarketcap, uma plataforma de dados de criptomoedas, de 26 a 29 de novembro o preço da Omicron subiu de menos de 70 dólares para 688 dólares. Já na quarta-feira, dia 1 de dezembro, a criptomoeda estava a ser negociada a 324,73 dólares, de acordo com a plataforma, com um market cap totalmente diluído de 324,73 milhões de dólares.
A Omicron não é a única moeda digital a beneficiar da notoriedade do mundo real, apenas para ver os seus ganhos se desmoronarem.
A moeda Squid Game (SQUID), criada pelos fãs da série de televisão, subiu de 0,70 dólares, no seu lançamento a 21 de outubro, para um pico de 2,86 dólares, a 1 de novembro, antes de cair para os 0,003 dólares, no dia seguinte. Os investidores descobriram que não podiam retirar os seus lucros e os criadores desapareceram das redes sociais.
Autora: Jacinta Silva