Oatly: De produto de nicho a um IPO de 10 mil milhões de dólares

A Oatly, fundada em 1994 na Suécia, é uma empresa que produz leite de aveia. Na passada quinta-feira estreou-se no mercado numa IPO com o preço das suas ações fixado em 17 dólares, dando assim um valor de 10 mil milhões de dólares à empresa.

A ideia desta marca e produto teve como fundamento o facto de muita da população mundial ser intolerante à lactose. Atualmente é um cardápio da Starbucks ($SBUX), encontra-se também na Target ($TGT) e é vendido online no Alibaba ($BABA) na China.

Em 2014, Petersson tornou-se o CEO desta marca e focou-se no mercado americano, dado que neste, o leite à base de plantas está a tornar-se cada vez mais “viral”.

Petersson, fez algumas alterações para levar este produto “aos quatro cantos do mundo”. Começou por modificar o logotipo de “Oatly” para “OAT-LY”, de seguida mudou o idioma das embalagens de sueco para inglês, o que possibilitou que este produto se globalizasse.

Na era das questões ambientais, tornou-se fulcral dirigir o negócio tendo em vista temas de sustentabilidade ambiental. Assim, o CEO desta empresa provou que a Oatly era mais benéfica para o ambiente do que a indústria dos lacticínios. Em média, um litro de Oatly diminui em 80% as emissões de gases do efeito de estufa e em 60% o consumo de energia.

A China Resources, em 2016, adquiriu uma participação maioritária na Oatly através de uma joint venture com a empresa Verlinvest, o que fez com que esta ganhasse mais notoriedade no mercado.

No final de 2017, produtos da Oatly podiam ser encontrados em 650 cafetarias, sendo que, de 2018 a 2019, as suas vendas passaram de 6 milhões de dólares para aproximadamente 40 milhões de dólares, de acordo com a vice-presidente de comunicações da Nielsen. No ano passado, a Oatly teve uma receita de 421,4 milhões de dólares, um incremento de 106,5% em relação a 2019.

Atualmente, o leite de aveia é a segunda maior alternativa aos lacticínios e esta empresa está a tornar-se num sucesso. Apesar do seu notável crescimento e da possibilidade de esta empresa se tornar uma das startups de alimentos mais valiosas do mundo, é necessário estar atento aos concorrentes.

 Autor: Joana Marcos  

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