O que é um portfólio diversificado e a sua importância

Ao longo da história, a economia sofreu várias expansões e recessões denominadas por ciclos económicos. Os economistas poderão prever esses movimentos, contudo é irreal que o antecipem com 100% de certeza, pela elevada volatilidade dos mercados e da economia. Perante esta impossibilidade de prever todos os acontecimentos, um portfólio diversificado visa assegurar a proteção contra determinados eventos extraordinários, tendo assim bastante importância. Já dizia um velho ditado “Não coloque todos os ovos na mesma cesta“.

ETF

Atualmente a teoria moderna de portfólio (TMP), é uma das teorias mais relevantes e influentes nas finanças modernas. Esta teoria enuncia que não basta apenas observar o risco esperado e o retorno de um investimento específico. 

Ao contrário do que possa parecer, um portfólio diversificado é mais estável uma vez que nem todos os investimentos se movimentam de igual forma, o que o torna menos vulnerável a grandes movimentos no mercado.  Além disso, um retorno com menor volatilidade poderá também ajudar os investidores a não perderem o foco, resultante de uma má decisão de investimento. Assim, quando se investe em mais de um ativo, um investidor poderá vir a obter benefícios por consequência da diversificação.

Qual a importância de diversificar

A diversificação é uma prática que distribui os investimentos de forma que a exposição a qualquer ativo seja limitada. Desta maneira, utiliza-se esta prática para limitar o impacto da volatilidade do portfólio ao longo do tempo, ou seja, reduzir a intensidade e a frequência com que acontecem movimentações no valor de um determinado ativo.

Para alcançar o máximo de sucesso quando investe, deve aprender a equilibrar o nível de conforto com o risco, tendo em conta o horizonte temporal. É possível que o risco da taxa de crescimento de seus investimentos não acompanhe a inflação, quando se investe de forma conservadora. Em contrapartida, se investir de forma muito agressiva, com o passar do tempo as suas economias poderão ficar expostas à volatilidade do mercado, o que poderá originar uma alteração no valor dos seus ativos.

Através da diversificação dos ativos, é possível equilibrar o risco e a recompensa na carteira de investimentos. A ideia a reter está associada à distribuição do portfólio por várias classes de ativos. É importante lembrar que a diversificação não garante o lucro ou garantia contra potenciais perdas, todos sabemos que aplicar dinheiro envolve riscos.

Para quem investe, compreender os riscos será um diferencial que pode ter um impacto diretamente nos seus benefícios.

Vantagens

  • Aumenta a oportunidade: Quando utilizada uma estratégia diversificada o investidor está a expor-se a ativos, setores e ações aos quais este não pode estar exposto.  Por vezes em certos setores existe uma entrada de capital à custa de outros.  Ou seja, o setor com um pior comportamento no ano X poderia vir a ser um dos melhores no ano X+1. A diversificação pode conduzir a um portfólio que terá uma exposição a setores e mercados com retornos superiores.
  • Reduz o risco: O risco do portfólio consiste na combinação de dois riscos: o risco sistemático e não sistemático. O risco sistemático, considerado como risco não diversificável, é o principal risco de mercado que encontramos em todos os ativos, não podendo ser atenuado pela diversificação. Já o risco não sistemático é específico de uma empresa e/ou setor, podendo ser diversificável. Assim, este segundo risco poderá ser atenuado se o portfólio for diversificado em diferentes setores e ações.
  • Melhora o retorno ajustado ao risco: Quando se analisa o retorno de um portfólio é essencial avaliar o risco necessário para se obter esse retorno, não basta apenas ver o número final.  Por exemplo, vamos supor que duas carteiras separadas renderam 10% ao ano, mas apenas uma delas foi diversificada. Ainda que ambas as carteiras tenham o mesmo retorno, a carteira que não foi diversificada assume um risco muito maior. Assim, numa ótica de longo prazo as carteiras diversificadas possibilitam um retorno mais consistente quando comparado a carteiras concentradas. De realçar que optar por uma maior rentabilidade pode parecer a melhor alternativa quando se está a obter ganhos consideráveis mas, lembre-se de que, perante um imprevisto poderá perder tudo.

Principais componentes de um portfólio diversificado

  • Ações

As ações representam a parte mais agressiva de um portfólio, por serem geralmente, mais voláteis do que outros tipos de ativos. Estas oferecem uma oportunidade de maior crescimento no longo prazo. Contudo, no curto prazo o potencial de crescimento está associado a um maior risco.

  • Obrigações

A maioria dos títulos proporciona uma receita de juros regular. Normalmente as obrigações comportam-se de maneira diferente das ações, consequentemente, são utilizadas para aliviar variações imprevisíveis no mercado de ações. Investidores que estão mais preocupados com a segurança do que com o crescimento, tendem a reduzir a sua exposição a ações e a aumentar os seus investimentos em títulos de alta qualidade. É de notar que os retornos destes investidores são mais baixos no longo prazo, uma vez que as emissões de alta qualidade geralmente não oferecem altos retornos comparativamente com as ações no longo prazo. Todavia, alguns investimentos de renda fixa, como é o caso dos títulos com alto rendimento e certos títulos internacionais, poderão oferecer rendimentos muito mais vantajosos. Como era de esperar, o risco aqui também será mais elevado.

  • Investimentos de curto prazo

Quando nos referimos a investimentos de curto prazo, falamos nomeadamente de fundos do mercado monetário e de certificados de depósito de curto prazo. Os fundos do mercado monetário são investimentos conservadores que permitem estabilidade e um acesso fácil ao seu dinheiro. Em troca desta segurança, os fundos do mercado monetário habitualmente oferecem retornos mais baixos do que os fundos de títulos ou títulos individuais. Apesar dos fundos monetários serem considerados mais seguros e conservadores, eles não são assegurados pela Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) como muitos depósitos de curto prazo. Quando se investe em depósitos de curto prazo, geralmente sacrifica-se a liquidez oferecida por fundos do mercado monetário.

Como diversificar os investimentos?

Para começar é necessário ter em atenção os três pilares das boas práticas da diversificação:

deverá repartir o seu portfólio em diferentes tipos de investimentos: ações, fundos de investimento, imóveis, títulos e moedas;

os títulos deverão ter vários níveis de riscos, por forma a equilibrar perdas de um ativo com ganhos de outro;

deverá investir em setores económicos diferenciados, no sentido de diminuir os riscos diversificáveis.

Perante tudo isto, não existe uma resposta exata em relação à quantidade de ações que são necessárias comprar. O importante, é distribuir os investimentos por pelo menos entre 5 empresas diferentes e não aplicar mais do que 15% do seu património em ações. A diversificação é imprescindível tanto para um pequeno poupador como para um investidor mais qualificado.

Vale a pena diversificar a qualquer custo?

Não é uma aposta inteligente, diversificar apenas diversificar. Quando se elabora um portfólio diversificado é importante traçar uma estratégia integrada, mais concretamente, ter em atenção a situação financeira pessoal.

Não foi por acaso que Harry Markowitz, o pai da moderna teoria dos portfólios, afirmou em 1950 que, “o risco de uma carteira é menor do que a soma dos riscos individuais de cada ativo”.

Por exemplo, alguém investe todo o capital em ações de empresas aéreas. Após os atentados de setembro de 2011, o que irá acontecer a esses rendimentos? Por essa razão é que os especialistas aconselham o investimento em ativos que tenham pouca correlação entre si, optando por vários mercados.

Conclusão

Em suma, é importante acompanhar os mercados, de maneira a entender determinadas oscilações e ficar mais tranquilo para voltar a investir no futuro. 

E ainda mais importante, não se deve investir na bolsa pensando numa ótica de curto prazo. A ideia fundamental é que você se torne sócio das empresas, e não apenas querer duplicar o investimento de uma semana para a outra. 

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