O número de utilizadores de carteiras digitais tem vindo a aumentar exponencialmente, o que indica que muitos clientes dos bancos denominados como tradicionais têm feito a troca das suas contas para as carteiras digitais. Estará o fim dos bancos como os conhecemos a chegar?
“O número de utilizadores de carteiras digitais irá crescer nos próximos anos”, diz Catherine D. Wood, CEO e CIO da ARK Investment.
Estes novos ecossistemas estão a revolucionar o setor da banca particularmente nos mercados emergentes. Nos EUA, onde as redes bancárias tradicionais estão bem estabelecidas, as carteiras digitais têm tido, até agora, um crescimento mais lento comparando com os países europeus, o que se poderá vir a alterar com a rápida adoção das criptomoedas.
As carteiras digitais têm o potencial de substituir o papel dos grandes bancos. Estes bancos dependem de infraestruturas, tanto de agências como de ATMs, para adquirir clientes. As infraestruturas físicas são dispendiosas tanto a nível de funcionários como a nível de manutenção, o que eleva o custo de aquisição de clientes para cerca de 350$-1.500$ por pessoa.
Pelo contrário, os fornecedores de carteiras digitais podem adquirir clientes por apenas 20$ por pessoa. Não dispõem de toda a infraestrutura operacional e regulamentar. Mesmo assim, num futuro próximo, estes fornecedores de carteiras digitais serão capazes de oferecer os serviços dos bancos atuais e atrair novos utilizadores, por uma fração dos custos que esses bancos estão a pagar de momento.
Com um menor custo de aquisição de clientes, um portfólio de utilizadores a aumentar e, ao mesmo tempo, com os seus serviços a melhorar, vai ser possível vermos grandes alterações, no que toca ao funcionamento dos bancos e redes bancárias num futuro que parece cada vez mais próximo
Autor: Diogo Trindade Monteiro
