O poder da Psicologia Reversa nos investimentos

Se colocar uma frase a dizer “Por favor, não abrir este link” a tendência de ação das pessoas é exatamente fazer o contrário do que é pedido – abrir o link! Esta tendência é comumente explicada por uma estratégia denominada psicologia reversa, que se releva bastante eficaz por persuadir e manipular, de certa forma, as pessoas para fazerem algo ao pedir-lhes que façam exatamente o oposto disso. Vamos desconstruir esta ideia.

Como funciona a Psicologia Reversa?

No exemplo acima descrito peço para as pessoas não carregarem no link com o objetivo de suscitar curiosidade e, desse modo, levar precisamente a que o façam. Ou seja, o intuito é sempre que a pessoa aja de determinada maneira, no entanto, dizer justamente para não o fazer é uma estratégia que, por norma, se revela bastante eficaz. Se isto acontece numa coisa tão simples como no exemplo acima, será que se aplica também aos investimentos?

Ora, também no que respeita a investimentos, podemos utilizar o conhecimento sobre psicologia humana a nosso favor. Isto porque se aprendermos a gerir as nossas emoções, dando consequentemente mais espaço à lógica e razão, conseguimos resistir a estes ímpetos! Ainda assim, saber contrariar estas tendências naturais não é fácil, é algo que requer tempo e experiência (e por vezes, falhas). É algo que se treina tal e qual como quando exercitamos um músculo. De facto, temos de ensinar o nosso cérebro para saber agir em contraciclo, especificamente no que diz respeito às finanças, dadas as características idiossincráticas desta dimensão na vida de cada um. Já sabemos que a psicologia reversa se aplica aos investimentos, mas como?

Aplicar a psicologia reversa nos investimentos

Ganha-se dinheiro quando se compra um ativo a um preço mais baixo do que aquele a que se vende; isto é, “compramos na baixa e vendemos na alta”. Parece simples, certo? Não necessariamente! Aliás, a maioria das pessoas faz precisamente o contrário: “compra na alta e vende na baixa”, sobretudo quando se trata de criptomoedas. De facto, isto acontece por vários motivos, um deles chama-se FOMOFear Of Missing Out – que, traduzindo, significa que as pessoas vêm o valor de uma criptomoeda a subir exponencialmente e sentem que estão a perder esses ganhos extraordinários (em relação a cripto, as subidas podem ser vertiginosas quanto estamos a falar no curto prazo). Ora, sabendo agora que somos muitas vezes levados a fazer o oposto daquilo que devemos (se carregaram no link, percebem o porquê), porque não o usamos a nosso favor? Para terminar, vamos ver o que isto significa:

Deixar o FOMO de lado

Se toda a gente está a sentir FOMO e a comprar um ativo, sendo que talvez devessem pensar em vendê-lo, então talvez seja boa ideia agir contra os nossos instintos primários e “remar contra a maré”.

Existe no universo “cripto” uma ferramenta que permite “avaliar as emoções do mercado” – o Fear and Greed Index – e que corrobora a ideia de que há FOMO quando a “ganância” (Greed) impera: é precisamente nesses momentos que devemos utilizar Psicologia Reversa aplicando o famoso ensinamento de Warren Buffett:

“Be fearful when others are greedy and be greedy when others are fearful”.

Warren Buffet

Disclaimer:

Nada disto é aconselhamento financeiro. Estes artigos cingem-se apenas a oferecer aos leitores uma opinião baseada em experiência e conhecimento do mercado. Por isso, apelo a que façam sempre a vossa própria pesquisa e tomem as vossas próprias decisões! O mercado de criptomoedas é altamente volátil e muito imaturo pelo que devem ter isso em consideração na altura de tomar decisões de potenciais investimentos!

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