Os preços do petróleo caíram dos recentes máximos por um segundo dia consecutivo na passada sexta-feira, apesar do tempo anormalmente frio no Texas e nos restantes Estados das Grandes Planícies (Novo México, Oklahoma, Colorado, Kansas, Nebrasca e Montana).
Os futuros do petróleo bruto Brent caíram 1,6% para se fixarem em $62,91 por barril, enquanto os futuros do petróleo bruto U.S. West Texas Intermediate (WTI) caíram 2,12% para $59,24 por barril.
O Texas é o principal produtor de crude e gás natural dos Estados Unidos, representando 41% e 25%, respectivamente, da sua produção total nacional.
As refinarias do Texas reduziram em cerca de um quinto o processamento de petróleo dos Estados Unidos, eliminando até 4 milhões de barris por dia de produção de petróleo bruto e 21 mil milhões de pés cúbicos de gás natural, de acordo com os analistas.
Contudo, firmas da região informaram que esperam retomar os níveis normais de produção no início da próxima semana: “o mercado estava maduro para uma correção e os sinais de normalização da atividade industrial no Texas forneceu o gatilho necessário”.
O petróleo caiu, apesar de uma queda surpresa nas reservas de crude nos EUA na semana de 12 de Fevereiro, antes do congelamento. Os inventários caíram 7,3 milhões de barris para 461,8 milhões de barris, o seu valor mais baixo desde Março 2020, informou na quinta-feira a Energy Information Administration.
A par do aumento da produção texana na próxima semana, os Estados Unidos disseram estar prontos para falar com o Irão sobre o regresso a um acordo de 2015, que visava impedir Teerão de adquirir armas nucleares. Para os analistas, “este avanço aumenta a probabilidade de vermos o Irão regressar em breve ao mercado do petróleo”.
Autora: Martina Trigo | Fonte
