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A JMJ 2023 tem a sua inauguração datada para o dia 1 de agosto, com uma celebração de abertura presidida pelo D. Manuel Clemente, cardeal-patriarca de Lisboa. No entanto, nos últimos dias não é da festividade que se tem falado, mas sim do polémico palco que será construído para a JMJ deste ano, em Lisboa.
O altar-palco onde o Papa Francisco – que deverá chegar a Portugal no dia 3 de agosto – será o palco onde terá lugar a celebração da missa final da Jornada Mundial da Juventude (JMJ 2023), em agosto deste ano. O polémico altar ficará junto ao estuário do rio Tejo, em Lisboa, e, de acordo com o contrato publicado na semana passada no Portal Base, irá custar 4,2 milhões de euros.
Esta obra foi adjudicada pela SRU – Sociedade de Reabilitação Urbana (uma empresa municipal da Câmara de Lisboa) que ficou responsável pelas obras no Parque Tejo, à construtora Mota-Engil por um total de 4.240.000 euros, sem contabilizar com o IVA que se lhe acresce.
No contrato, assinado a 13 de janeiro deste ano, está estipulado que a construtora tem um prazo de 150 dias para realizar a obra após a sua consignação. Desta forma espera-se que o altar esteja já concluído em meados deste ano, entre junho e julho.
A semana da JMJ 2023 será um dos maiores eventos já alguma vez organizados em Portugal e estará espalhado por toda a área metropolitana de Lisboa, na forma de concertos, conferências, exposições e de celebrações religiosas.
Até à data, a Câmara de Lisboa justifica o forte e polémico investimento de 4,2 milhões de euros no sentido de que o palco será utilizado no futuro, recebendo “os maiores eventos do mundo ao ar livre”.
Através de um comunicado da autarquia, António Lamas, presidente do Conselho de Administração da SRU, refere que “em relação aos custos de construção, a complexidade desta obra não é comparável a nada que tenha sido feito em Portugal” e acrescenta que “os custos de construção atuais não podem ser comparáveis aos de 2010” – altura em que Portugal recebeu o Papa Bento XVI e teve um palco orçado nos 300 mil euros.
Sérgio Garcez, 20 anos, natural de Viana do Castelo. Atualmente frequenta o 3.º ano da licenciatura em Gestão na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP). Dado o seu interesse pela área financeira e o seu gosto pela escrita, ingressou na MeuCapital em março de 2022, com o objetivo de promover a literacia financeira em Portugal.
