Nobel da Economia diz que Bitcoin é um esquema ponzi

O economista Paul Krugman, professor da Universidade de Princeton e vencedor do Prémio Nobel da Economia em 2008, falou recentemente sobre a Bitcoin, mantendo a sua visão pessimista em relação à maior criptomoeda do mundo. Num artigo publicado no New York Times, Krugman afirmou que a criptomoeda não atingiu um papel económico significativo e comparou a um esquema ponzi.

“A Bitcoin ($BTC) tem semelhanças com o esquema ponzi criado por Bernie Madoff, não tem nada de inovador e não desempenha nenhum papel na economia. Além disso, a criptomoeda está associada a atividades criminosas – como lavagem de dinheiro e ataques virtuais – e não é usada por pessoas normais e cumpridoras da lei.”

Krugman argumentou ainda que 12 anos após a criação da criptomoeda, esta ainda não é usada como meio de pagamento. Ao invés, nesse mesmo espaço de tempo, grandes empresas alcançaram feitos importantes, como é o caso da Apple ($AAPL) ou da Amazon ($AMAZN).

O economista também afirmou que “esteve em diversas reuniões” onde era discutida a tecnologia da Bitcoin,  as suas capacidades e vantagens sobre outras tecnologias, não tendo obtido “nenhuma resposta clara”.
Com essa falta de “vantagem” da Bitcoin, a moeda é o foco de investidores que pagam na esperança de vender mais caro no futuro.

A opinião de Krugman não é uma novidade, porque ele nunca gostou das criptomoedas e da Bitcoin. Como estamos a passar por um momento de queda, opiniões negativas voltam em força, o que é algo comum e que aumenta o ciclo de medo, incerteza e dúvida  que sempre acompanharam os “bears markets”.

O economista, no entanto, não é muito certeiro nas previsões sobre novas tecnologias lançadas no mercado. Em 1998, disse que a Internet não iria ter sucesso e que seu impacto na economia seria menor que o do fax. Algo que, 23 anos depois, é claramente falso, uma vez que a Internet revolucionou a sociedade e, em particular, a indústria tecnológica. 

Em 2017 e 2020 a Bitcoin provou que os críticos estavam errados, mas o passado não é garantia do futuro. Neste momento resta esperar e ver o que o futuro guarda.

Autor: Henrique Gil