A Nio ($NIO) vendeu aproximadamente 31 milhões de dólares em equipamentos de fábrica à Tesla ($TSLA). Em 2019, a Nio vivenciava um período de graves problemas financeiros. Debatia-se com perdas avultadas e um IPO menor que o expectável, pelo que se tornou árduo atrair investidores.
Face a esta crise, a Nio foi obrigada a abdicar da construção de uma fábrica de carros elétricos em Xangai, acabando por vender os seus equipamentos fabris à Tesla que tinha a seu encargo a produção da fábrica Gigafactory Shanghai. Desta forma, o negócio acabou por ser vital para a Nio, que se deparou com a subida das suas ações de cerca de $1,19, em 2019, para $67 em 2020.
Esta venda, para além de colaborar na recuperação dos problemas financeiros da Nio, possibilitou ainda à Tesla obter benefícios, entre eles uma maior celeridade na construção do novo modelo, devido à rápida alocação dos materiais que permitiram anteceder o início da produção.
Com o objetivo de se reestruturar, a fabricante chinesa de automóveis elétricos também aproveitou o acordo para reorganizar o seu núcleo de funcionários, demitindo cerca de 3.000 dos quais 30% eram gestores, de acordo com o relatório da empresa.
Mais tarde, em janeiro de 2021, a Nio divulgaria o seu primeiro sedan, denominado de ET7. Na passada quarta-feira, as suas ações encerraram nos $36,96.
Autora: Joana Marcos | Fonte: Yahoo Finance