No final de 2020, o cofundador do Twitter, Jack Dorsey, criou um non-fungible token (NFT) da sua primeira publicação no Twitter – “just setting up my twttr”, de março de 2006. Em 2021, esse NFT foi vendido pelo valor de 2,9 milhões de euros. O valor da oferta atual é de 18 mil dólares, 99% inferior ao valor pago no ano anterior.
Pouco depois de ser criado, o NFT criado por Jack Dorsey não foi muito cobiçado. No entanto, em março de 2020, quando o mercado dos NFT´s “explodiu”, ganhando ainda maior relevância, o NFT foi vendido por 2,9 milhões de euros.
O comprador, Sina Estavi, no dia 5 de abril deste ano colocou o NFT à venda por cerca de 50 milhões de dólares, mas a maior oferta fixou-se nos 280 dólares e agora os valores rondam os 18 mil dólares.
Estavi, CEO de uma empresa de blockchain, Bridge Oracle, diz que “o prazo que delineei acabou, mas se receber uma boa oferta, talvez aceite, talvez nunca o venda”.
Surgem rumores que toda esta situação apenas se trata de uma jogada de marketing por parte de Sina Estavi, para ganhar exposição.
Esta situação demonstra que existem limites no mercado dos NFT´s e que nem tudo é possível. Para além disso espelha bem o facto de o mercado estar a ter um ano mais complicado, comparado com o ano de 2021, onde devido a todas as expectativas e todo o hype, o mercado cresceu exponencialmente.
Os NFT´s são certificados de posse de ativos digitais, e não propriamente os ativos em si. Neste caso, o ativo (tweet) é apenas controlado por quem o criou e pelo próprio Twitter. O dono do NFT não tem qualquer tipo de controlo sobre ele. Deste modo, se o tweet for apagado, por qualquer razão, este NFT deixaria de ter valor.
Alegadamente, Estavi foi preso no ano passado, no Irão, e teve que fechar a empresa durante os nove meses que esteve detido. Agora encontra-se a tentar reerguer a sua empresa.
Autor: Miguel da Silva Gonçalves.
