O padrão contabilístico International Financial Reporting Standards 17 (IFRS 17) a ser aplicado pelas seguradoras em 2027 conduzirá a avultados custos para o setor, estando assim previstos encargos na ordem dos 17 milhões de euros. A Willis Towers Watson (WTW), consultora na área dos seguros, avança ainda que as estimativas indicam que os custos da introdução desta norma podem variar entre 17 e 22,6 mil milhões de euros.
A nível internacional as seguradoras afirmam que a introdução da nova norma levará a grandes mudanças e a custos elevados e que, embora nos últimos tempos já se verifiquem algumas mudanças, ainda existe um longo caminho a percorrer.
A IFRS 17 traz consigo alterações na definição de princípios, alterações estruturais nos modelos de mensuração – o que implicará uma maior coordenação e integração entre as funções financeiras – na análise de riscos e expetativas e na gestão de risco. Tais alterações permitirão a simplificação de processos com o objetivo do cumprimento de prazos.
De acordo com a WTW, apenas 40% de uma amostra de 26 multinacionais e 20% de uma amostra de 244 contam conseguir implementar a IFRS 17 a tempo, além disso, será necessário aumentar o número de funcionários para a aplicação da respetiva norma. Assim, os próximos tempos revelam-se fundamentais para que as seguradoras adotem e complementem a introdução da IFRS 17.
Autora: Sara Santos
Sara Santos, 22 anos, natural de Leiria e Licenciada em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra frequentando atualmente o Mestrado em Gestão na mesma faculdade. O interesse por temas económicos e financeiros levou a que se juntasse à MeuCapital em abril de 2022 onde é Financial Content Writer.