Mary Barra vai mudar o rumo da indústria automóvel

Mary Barra, CEO da General Motors (GM), dirige agora a Business Roundtable – uma associação de chefes executivos das principais empresas americanas, que trabalham para promover uma economia próspera nos Estados Unidos e para expandir as oportunidades para todos os americanos através de políticas públicas sólidas.  

Mary Barra passa, assim, a ocupar o lugar de Doug McMillon, diretor executivo da Walmart. Esta colocação pode desencadear uma gigantesca reviravolta no mundo da indústria automóvel, dado que Mary Barra é defensora de inúmeras causas relacionadas com a energia e o ambiente. 

Desta forma, a emissão zero faz parte das bandeiras defendidas pela CEO, que afetarão inevitavelmente os fabricantes de automóveis e veículos elétricos. Barra, que é agora a primeira mulher a dirigir a associação, prevê ainda um mundo com zero acidentes e sem congestionamento de trânsito.  

A cumprir um mandato de dois anos como chefe da Business Roundtable, Barra tem agora a oportunidade de levar as suas causas avante. 

Realça-se que a GM pretende ter uma linha de carros totalmente elétricos até 2035, estando a investir 27 mil milhões de dólares até 2025 para lançar 30 novos modelos. 

De ressaltar ainda que a Business Roundtable possui mais de 150 diretores executivos, como Tim Cook, da Apple, Sundar Pichai, da Alphabet e Jim Farley, recente CEO da Ford. Segundo a associação, os diretores executivos da Business Roundtable gerem 20 milhões de empregados, fazendo nove biliões de dólares em receitas anuais.  

É de estranhar que Elon Musk não faça parte da lista, uma vez que a associação é conhecida por pressionar a Casa Branca e os legisladores a ouvirem os seus ideais para ajudar a moldar as políticas públicas que afetam o avanço energético.  

Tudo indica que a relação entre o CEO da Tesla e o Governo dos EUA não é a melhor, pelos seguintes motivos: em agosto, Joe Biden não convidou a Tesla para a reunião na qual se discutiram os objetivos de venda de veículos elétricos no país; o atual crédito fiscal para veículos elétricos possui benefícios para a força de trabalho sindical, mas não para a Tesla, pois não tem força de trabalho sindicalizada; e os senadores Richard Blumenthal e Ed Markey, de Connecticut e Massachusetts, pediram à Comissão Federal do Comércio para analisar a forma como a Tesla está a lançar novas funcionalidades de condução autónoma. 

Patrícia Teixeira 

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