Fonte da imagem: Jornal de Negócios
Em 2022 os lucros da Sonae fixaram-se nos 342 milhões de euros, um aumento de 27,7% em comparação ao registado em 2022. Apesar disto foi revelado um recuo em 41 pontos base a margem de lucro operacional, causada pela subida significativa dos custos da sua operação.
A Sonae, que entre muitas empresas detém a marca Continente, revelou que durante o ano passado obteve lucros de 342 milhões de euros. No entanto, o resultado líquido atribuível aos acionistas, excluindo os itens não recorrentes, diminuiu quase 17%, para 179 milhões de euros, bem como a margem operativa que caiu 41 pontos base.
A CEO do grupo, Cláudia Azevedo, refere que a principal razão para esta queda de 41% na margem operativa é o facto do Grupo, ao contrário do que tem sido vinculado muitas vezes na imprensa e até pelo próprio Governo, ter tentado absorver uma parte do impacto causado pela subida da inflação, derivado à invasão russa da Ucrânia e a consequente imposição de sanções da parte do Ocidente à Rússia.
Referindo também que “O elevado nível de inflação, juntamente com as crescentes taxas de juro, colocaram sob pressão o rendimento disponível das famílias e, consequentemente, alteraram os seus padrões de consumo”.
Relativamente às contas da Sonae é revelada uma subida de 10,9% do volume de negócios para mais de 7,7 mil milhões de euros, como resultado de ganhos de quota de mercado das suas operações, mas também é referida a queda da margem operacional dos 8,6% para os 8,2%, “com os negócios a suportarem parte da pressão inflacionária e do aumento significativo de custos, nomeadamente de energia, e a investir para garantir a competitividade das suas ofertas.”
Relativamente à parte retalhista do Grupo, a Sonae MC, onde está integrado o Continente, registou um aumento de 11,5% do volume de negócios para cerca de 6 mil milhões de euros e uma subida de 4,9% do EBITDA subjacente para 563 milhões de euros, no entanto, se observarmos a margem de lucro operacional esta teve uma queda para 9,4% em 2022 face aos 10% de 2021.

Mário Costa, estudante do 1º ano do Mestrado em Finanças na FEP, Financial Content Writer na MeuCapital e Membro do Departamento de Corporate Finance no FEP Finance Club. É escuteiro desde os 9 anos e ao longo dos anos desenvolveu um forte interesse pela área financeira, tendo por a missão de contribuir para uma maior literacia financeira em Portugal.