A plataforma online portuguesa de venda de artigos de luxo terminou o segundo trimestre com lucros de 67,67 milhões de dólares. Estes dados consistem num resultado que inclui benefícios não monetários resultantes da descida do valor das ações, mantendo a empresa em terreno positivo, mas 22,9% abaixo do período homólogo do ano passado.
Apesar do aumento das receitas em 10,7%, a margem de EBITDA piorou, para menos 4,9%, quando no segundo trimestre de 2021 foi de menos 4,7%.
A apresentação dos resultados do segundo trimestre da Farfetch foi feita depois do anúncio da compra de uma participação, à Richemont, de uma participação de 47,5% na retalhista de artigos de luxo online YOOX Net-A-Porter (YNAP). Já a Symphony Global, um veículo de investimento de Mohamed Alabbar, deverá ficar com 3,2% na YNAP. A operação está sujeita à aprovação das autoridades de regulação.
Os ganhos da plataforma de moda de luxo diminuíram 23% face ao período homólogo do ano passado. Segundo os resultados revelados pela Farfetch, o valor bruto de vendas aumentou 1,3% ( 7,6% a preços constantes), para 1,020 mil milhões de dólares.
Quanto ao valor bruto da Plataforma Digital caiu 3,3%, ou 30,3 milhões de dólares, para os 883,1 milhões, entre o segundo trimestre de 2021 e o de 2022, mas excluindo o impacto cambial apresenta uma subida de 1,6%. O desempenho, diz a empresa, reflete o impacto da suspensão do negócio na Rússia, desde março, assim como as restrições impostas pela Covid-19 na China.
Em relação ao futuro, José Neves, CEO e fundador da Farfetch, admite estar a reduzir custos na sua estrutura e já tem metas para 2023, através dos novos acordos comerciais que a empresa detém.
“Enquanto os nossos olhos estão fixados no nosso sucesso no longo prazo [Estrela do Norte], os nossos pés continuam bem assentes na terra. Estamos a navegar habilmente num ambiente macro económico volátil, a continuar a registar crescimento no que tem sido uma tremenda jornada de três anos para a Farfetch, onde duplicámos o valor bruto das mercadorias”.
O empresário português manifesta-se “extremamente otimista para 2023”, considerando o fim do ciclo do processo de encerramento das operações na Rússia, mas também a expectativa de “ventos favoráveis na China para começar a colher os frutos dos grandes negócios assinados este ano com a Reebok, o Neiman Marcus Group e Salvatore Ferragamo”.

Duarte Talhão, 18 anos, natural de Faro. Frequenta o 2º ano de licenciatura em Gestão de Empresas na Faculdade de Economia da Universidade do Algarve (UALG). Atualmente pretende desafiar-se diariamente e dado o gosto pela área económico-financeira, decidiu integrar a MeuCapital em março de 2022 onde o fulcral objetivo passa por abordar e desmistificar temas que promovam a literacia financeira e que permitam a constante aprendizagem com os restantes membros da organização.