Lucro da EDP Renováveis até setembro dispara 181%, para 416 milhões de euros

Com mais capacidade instalada, mais produção, preços médios de venda da eletricidade mais elevados e mais projeções de construção, a EDP aproveitou as necessidades do mercado e destacou-se com um resultado líquido animador.

A EDP Renováveis obteve nos primeiros nove meses do ano um resultado líquido positivo de 416 milhões de euros, mais 181% do que em igual período de 2021, informou a empresa do grupo EDP em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de 1.482 milhões de euros, 62% acima do ano passado, “suportado pela forte performance dos resultados operacionais com um aumento de 10% de capacidade instalada e de 14% de produção renovável”. As receitas aumentaram 46%, para 1.743 milhões, no referido período.

Tendo em conta as necessidades do mercado causadas pelo impacto do conflito em desenvolvimento pela Rússia contra a Ucrânia, no mercado europeu o preço médio de venda dos parques eólicos e solares da EDP Renováveis até setembro ascendeu a 109 euros por megawatt hora (MWh), mais 48% do que no ano passado.

A contribuir ainda para estes resultados está o crescimento de 10% da capacidade instalada renovável, que aumentou para 14,3 GW, uma “forte recuperação” do preço médio de venda de energia para os 66 euros por MWh (mais 29% face ao período homólogo), “sobretudo nos mercados europeus”, e o “contributo positivo” da conclusão de três transações de rotação de ativos em Espanha, Polónia e Itália, detalha a empresa.

O investimento bruto, 100% focado em energias renováveis, mais do que duplicou para os 4,4 mil milhões de euros até setembro, face aos dois mil milhões de euros registados no período homólogo. Este aumento reflete “o atual período de forte crescimento”, representando a vantagem competitiva que Portugal apresenta em energia verde.

Mas a dívida líquida da EDP Renováveis também teve um avanço considerável, ao saltar de 2,94 mil milhões de euros em dezembro de 2021 para 5,56 mil milhões de euros em setembro de 2022. A empresa destaca como “importante” a pré-cobertura de cinco anos que realizou a uma taxa de juro fixa para 1,5 mil milhões de euros de dívida com maturidade pós-2022, “reduzindo a sua exposição ao aumento de taxas de juro a médio-prazo” e contribuindo para a redução significativa da sua dívida pública.

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