Liz Truss demite-se como primeira-ministra do Reino Unido

Liz Truss, agora ex-primeira-ministra britânica, anunciou durante o dia de ontem (20/10) a sua demissão perante o cargo que assumiu 44 dias atrás.

A agora ex-primeira-ministra assumiu o cargo de líder britânica no dia 5 de setembro, após Boris Johnson ter anunciado, também, a sua demissão.

São então dois mandatos consecutivos que veem o seu término com a demissão dos líderes britânicos.

Liz Truss esteve apenas 44 dias no cargo, tornando o seu mandato no mais curto que um primeiro-ministro do Reino Unido já teve. O “recorde” de mandato mais curto pertencia a George Canning, que exerceu o seu cargo durante 119 dias, antes do seu falecimento em 1827.

A verdade é que Liz Truss assumiu funções enquanto chefe do governo num “momento de grande instabilidade” a nível económico e internacional, o que a própria admite.

Durante a sua declaração ao país, a agora ex-primeira-ministra afirmou que o Reino Unido “está há demasiado tempo estagnado devido a um baixo crescimento económico”. 

Durante o seu comunicado, Truss afirmou que havia comunicado ao rei Carlos III a sua demissão e que tinha reunido com Graham Brady, presidente do Comité 1922 – grupo do parlamento incumbindo da organização das eleições -, tendo ficado acordado que “haverá uma eleição” que deverá ” ser concluída na próxima semana”.

Graham Brady, presidente do Comité 1922, afirmou que “será possível concluir uma eleição até sexta-feira, 28 de outubro” e que, portanto, deverá haver “um novo líder antes da declaração fiscal que ocorrerá a 31 de outubro”.

Para a sucessão ao cargo de primeiro-ministro já são apontados vários nomes como Rishi Sunak, Penny Mordaut, Ben Wallace e Boris Johnson.

Apesar de a demissão de Boris ter sido há relativamente pouco tempo, há quem considere que poderá trazer estabilidade ao país.

Durante o seu último discurso enquanto primeiro-ministro, no exterior de Downing Street, Boris referiu que como Cincinnatus (estadista romano), iria voltar para o seu arado e oferecer o seu mais fervoroso apoio ao novo Governo, nunca descartando um eventual regresso à vida política.

Agora, resta-nos saber se a história será semelhante, pois Cincinnatus foi chamado novamente “ao seu arado”, regressando a Roma para um segundo mandato, mas, dessa vez, enquanto ditador.

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