Lista negra dos EUA aumenta com empresas chinesas

Nos Estados Unidos da América, a administração de Joe Biden, na passada sexta-feira, integrou mais dez empresas na lista negra económica. Uma decisão tomada por alegados abusos dos direitos humanos e vigilância de alta tecnologia em Xinjiang, informação esta transmitida à agência Reuters por duas fontes próximas.

Segundo as mesmas, esta medida do alargamento do Departamento de Comércio tem como objetivo responsabilizar a China por violar os direitos humanos. Esta decisão sucede ao anúncio, do passado mês de junho, de incluir mais cinco empresas e outras entidades nesta mesma lista.

Esta não é a primeira vez que os Estados Unidos apontam empresas chinesas ligadas a alegações de atividade ilegal de alta tecnologia em Xinjiang. A administração de Donald Trump, em 2019, tomou medidas contra algumas empresas de inteligência artificial chinesas, devido aos seus comportamentos de repressão com as minorias muçulmanas. O Departamento de Comércio, nesse mesmo ano, afirmou que as entidades estavam implicadas em “vigilância de alta tecnologia contra uigures, cazaques e outros membros das minorias de etnia muçulmana”.

As Nações Unidas e outros grupos de defesa dos direitos humanos estimam que, durante os últimos anos, mais de um milhão de pessoas, a maioria uigures e muçulmanos, já foram detidas em vastos sistemas de campos, na região chinesa.

O país asiático já desmentiu as acusações e afirma que não existe genocídio nem trabalho forçado em Xinjiang, referindo que as suas políticas foram implementadas com o intuito de eliminar extremistas e separatistas religiosos, que planearam ataques e criaram um grande clima de tensões, na zona oeste da China.

Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, pronunciou-se, esta sexta-feira, comentando que “o lado chinês irá tomar todas as medidas necessárias para salvaguardar os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas e rejeita as tentativas dos EUA de interferir nos assuntos internos da China”.

Além disso, uma fonte próxima da agência informou que o Departamento de Comércio prevê ainda juntar 14 empresas chinesas a esta lista, devido à mesma razão dos abusos e constantes violações dos direitos humanos.

Adicionalmente, foi ainda indicado que outras entidades, provenientes de outros países, também irão ser adicionadas à lista negra.

Porém, ainda não foi revelada nenhuma identidade relativa às empresas que foram incluídas nesta lista.

Autor: Pedro Vicente

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