Joachim Nagel defende subida acentuada das taxas de juros do BCE

Fonte da imagem: Wikimedia

Joachim Nagel, presidente do Bundesbank (Banco Central Alemão), afirmou, na passada quarta-feira, que defende uma forte subida das taxas de juro do BCE, atendendo à elevada inflação que se faz sentir por toda a Europa e um pouco por todo o mundo.

“Precisamos de uma forte subida das taxas de juro em setembro e, nos próximos meses, há que contar com mais movimentos (aumentos) das taxas de juro”, disse Joachim Nagel.

Note-se que o objetivo do Banco Central Europeu para a inflação é um valor exatamente igual a 2%, valor esse que não está a ser conseguido. No mês de Agosto a inflação atingiu mesmo um valor recorde. Falamos em 9,1%.

O Conselho do BCE, composto pela sua comissão executiva e pelos governadores dos bancos centrais dos países que compõem a Área do Euro, ou seja, ao qual pertence Joachim Nagel, terá uma reunião no dia 8 de setembro para discutir a política monetária da zona euro e deverá subir de novo as taxas de juro.

Já no passado mês de julho o BCE havia procedido a um aumento de 50 pontos base nas suas três taxas de juro diretoras, aumento esse que já não acontecia há 11 anos!

Até ao ano de 2021 a Zona Euro vivia uma situação económico-monetária mais próxima de uma deflação do que propriamente inflação, o que levou, por exemplo, o BCE a adotar as chamas políticas monetárias não convencionais que, amplamente, consistiam na injeção de moeda na economia através da compra de títulos de dívida pública e privada.

Acontece que pela Teoria Quantitativa da Moeda e sua respetiva equação, uma maior quantidade (e uma maior velocidade de circulação) da moeda, potencia uma maior inflação

Alguns investigadores económicos acreditam que, para além da Guerra na Ucrânia, a adoção das referidas políticas monetárias não convencionais no ano de 2014 podem também estar na génese da inflação exacerbada que hoje se faz sentir na Europa.

Obviamente que um aumento das taxas de juro (que têm por objetivo diminuir a inflação) propicia aquilo que se designa de recessão, em virtude de haver um maior risco de incumprimento, o acesso ao crédito ser mais caro e difícil, o investimento diminuir e, em contraste, a poupança aumentar.

Contudo, e em suma, o Governador do Banco Central Alemão considera que o BCE não deve, ainda assim, adiar as subidas das taxas de juro por temer uma recessão.

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