Jeff Bezos, o atual homem mais rico do mundo, com uma fortuna avaliada pela Forbes em cerca de 200 mil milhões de euros, vai adquirir um super-iate, com cerca de 127 metros, e que terá um custo de aproximadamente 500 milhões de dólares.
Oceanco, a empresa produtora deste navio, ainda não revelou detalhes acerca do que será chamado “Project 721”, mas, segundo a agência Bloomberg, este será tão enorme que terá um outro iate de suporte e um heliporto. É ainda de realçar que este preço inicial não inclui os custos de suporte operacional, que podem ascender a 10% do valor inicial por ano.
Apesar de passar um pouco despercebida, de acordo com a National Marine Manufactures Association, a indústria naútica tem sido uma das mais beneficiadas com a pandemia, pois constitui, para aqueles que o conseguem suportar, uma atividade divertida e com distanciamento social adequado, com especial destaque para navios de grande dimensão que conseguem navegar 9 mil milhas náuticas sem reabastecimento.
No ano passado, as vendas de barcos atingiram o valor mais elevado nos últimos 13 anos, com, entre janeiro e maio, a serem vendidos 345 iates, no qual o mercado em 2ª mão tem uma grande relevância, representando cerca de 76% destas vendas. Do total, a maioria destes navios (79%) têm entre 24 e 40 metros e apenas 3% têm mais de 60 metros.
Contudo, segundo Sam Tucker, diretor do departamento de investigação sobre super-iates na empresa VesselsValue, este número pode vir a aumentar, sendo que, apenas na Alemanha, um dos maiores países produtores do mundo, “estão cerca de 50 navios com mais de 100 metros de comprimento a serem construídos”.
Esta compra é também evidenciadora de que a pandemia não afetou estes multimilionários, tendo, inclusive, aumentado o valor das suas fortunas, com, apenas em 2020, os milionários norte-americanos a ampliarem o seu net worth em 1,1 biliões de dólares na totalidade, estando 40% mais ricos do que estavam no início da pandemia.
Apenas Jeff Bezos arrecadou 75 mil milhões de dólares, aproveitando o crescimento de 75% das ações da Amazon (AMZN), o que faz com que os 500 milhões despendidos neste super-iate aparentem não ter um grande impacto na sua fortuna.
Autor: João Rodrigues
