Após inúmeras falhas elétricas, em solo iraniano, com origem na mineração de criptomoedas, o Governo do Irão bane assim a mineração das mesmas, por um período irrevogável de 4 meses.
Como é de conhecimento geral, a esta nova onda de “moedas digitais”, vem anexado o processo de mineração. Este traduz-se, resumidamente, “num poder computacional que é aplicado para encontrar uma solução matemática complicada que dá o direito de transmissão de um bloco de transações.”
“Assim, aqueles que tiverem as máquinas de mineração mais potentes têm mais chances de encontrar essa solução matemática mais rápido e garantir a segurança e confiabilidade da blockchain, e por sua vez, da criptomoeda em questão.”
O problema reside na energia despendida pelas máquinas neste processo. Esta quantidade de energia serve para abastecer um país tão grande como a Argentina.
São inúmeras as entidades “desassossegadas”, devido à quantidade exorbitante de eletricidade despendida neste procedimento.
A título de exemplo, nas últimas semanas, a Tesla retirou as opções de pagamento dos seus produtos através de Bitcoin e a China restringiu estes ativos financeiros de origem digital. O Irão acaba por se juntar, devido à necessidade de conter os blackouts, ou seja, as falhas elétricas, também conhecidas por “apagões”. Estes têm ocorrido, recentemente, derivado da mineração das criptomoedas, nomeadamente da Bitcoin.
Como sabemos, a falha total de energia numa cidade pode ter efeitos catastróficos imediatos, na medida em que são escassas as coisas que não são “alimentadas” pela eletricidade.
É estimado que 4,5% da mineração mundial de Bitcoin se dá em território iraniano, ou seja, esta rotura na mineração levará a um défice significativo da mineração desta criptomoeda.
Hassan Rohani, atual presidente do Irão, afirma apenas levantar estas restrições após 22 de Setembro deste ano.
Autor: Rodrigo Melo