Para muitos dos que ambicionam encontrar uma fonte de rendimento passivo, o imobiliário continua a ser considerado a galinha dos ovos de ouro.
Com o mercado ainda a recuperar das consequências da pandemia, são muitas as pessoas que têm procurado formas de fazer render o seu dinheiro. Aproveitando as – ainda – favoráveis taxas de juro e facilidades de financiamento, muitos têm procurado investir ou até mesmo comprar o seu primeiro imóvel.
Por outro lado, investir no imobiliário continua a ser visto por uma maioria como algo que obriga a um investimento muito significativo, o que acarreta necessariamente um maior risco. Mas será mesmo assim?
De seguida veremos que investir no imobiliário não implica obrigatoriamente comprar uma casa para vender ou arrendar, e que é possível fazê-lo com poucas dezenas de euros.
Fundos de Investimento Imobiliário
Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), ou REITs (Real Estate Investment Trust) são patrimónios autónomos resultantes da agregação de capital pessoal dos investidores que, por sua parte, adquirem uma cota do fundo, com vista a construir ou adquirir património para a consequente rentabilização do mesmo, seja por via de arrendamento ou revenda.
Assim sendo, investir em REITs pode ser visto como comprar parte de um imóvel, sendo que o cotista não tem o direito de exercer qualquer decisão relativamente à gestão do imóvel. Em contrapartida, também não tem qualquer obrigação perante quaisquer encargos relativos ao mesmo, sendo esta parte diretamente da competência da entidade gestora.
Investimento direto vs REITs
Como já foi constatado, a principal vantagem de investir através por meio de fundos de investimento é o reduzido capital necessário.
Enquanto que para comprar um imóvel necessitaria de dezenas de milhares de euros, para comprar Unidades de Participação – nome dado às “ações” adquiridas pelo investidor – apenas necessita de algumas dezenas, para além de que não precisa de se preocupar com os impostos de aquisição bem como com custos de manutenção e conservação dos seus ativos.
Em contrapartida, o investimento direto oferece a possibilidade de gerar um fluxo de caixa substancialmente mais elevado.
Para além do mais, há que ter em consideração a perspetiva de valorização dos ativos. Já que o imobiliário flutua geralmente acompanhando a bolsa de valores, isto traduz-se num aumento dos preços dos imóveis ao longo do tempo, havendo sempre a possibilidade de vender posteriormente por um preço mais elevado.
Devo investir em fundos imobiliários?
Não existe tal coisa como negócios ou investimentos sem risco. O risco de mercado estará sempre presente e há sempre a possibilidade do surgimento de acontecimentos imprevisíveis que fazem abalar todo um sistema económico e financeiro.
Tendo isto em conta, os fundos imobiliários variam entre baixo e médio risco. São uma boa opção para investidores iniciantes que desejam diversificar o seu portfólio e lançar-se no ramo do investimento imobiliário. Esta forma de investimento alternativo poderá fazer sentido se é um investidor que não tem disponibilidade para operar e gerir os bens imóveis, ou se não dispõe do capital necessário para adquirir esse património.
Autor: Bernardo Nogueira
