Fonte da iamgem: Jornal Económico
O investimento captado por vistos gold durante o mês de fevereiro foi de 55,2 milhões de euros, um aumento de 31% em comparação com o mesmo mês do ano passado.
As Autorizações de Residência para o Investimento, também conhecidas por vistos gold, continuam a captar investimento para Portugal, durante o segundo mês de 2023, este mecanismo obteve 55,2 milhões de euros em investimento, aumentando 31% em termos homólogos e 27% face a janeiro.
No total foram atribuídos 130 vistos ‘gold’, dos quais 87 por via de aquisição de bens imóveis (50 tendo em vista a reabilitação urbana) e 43 por transferência de capital, no entanto, voltaram a não haver vistos gold atribuídos para investidores que criaram postos de trabalho.
Em termos do montante captado destaca-se os 39,3 milhões de euros captados através da compra de imóveis, dos quais 17,1 milhões de euros dizem respeito à aquisição para reabilitação urbana, o critério de transferência de capitais somou 15,9 milhões.
A maior parte dos investidores vieram da China, recuperando a liderança deste indicador que tinha perdido em janeiro para os Estados Unidos, no total a China obteve 23 ARI, seguido dos Estados Unidos, com 21, Turquia, Índia e Brasil.
Em termos totais em 2023 já foram captados 98,7 milhões de euros, mais 9,5% do que em igual período de 2022. Já em termos globais, desde a criação dos vistos gold, foram atribuídos 11.758 ARI, captando mais de 6,8 mil milhões de euros.
Apesar de todo o investimento que o programa trouxe para o país, o primeiro-ministro António Costa já anunciou o fim do programa, considerando que o mesmo está a contribuir para a especulação que se tem verificado no mercado imobiliário, podendo ou não os atuais vistos serem renovados, “Quantos aos vistos gold já concedidos, (…) só haverá lugar à renovação se forem habitação própria e permanente do proprietário e do seu descendente, ou se for colocado o imóvel duradouramente no mercado de arrendamento”.

Mário Costa, estudante do 1º ano do Mestrado em Finanças na FEP, Financial Content Writer na MeuCapital e Membro do Departamento de Corporate Finance no FEP Finance Club. É escuteiro desde os 9 anos e ao longo dos anos desenvolveu um forte interesse pela área financeira, tendo por a missão de contribuir para uma maior literacia financeira em Portugal.