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Grandes investidores estão a desfazer-se da Bitcoin ($BTC), a retirar dinheiro da mesma e a investir no ouro, revertendo a tendência ocorrida nos últimos dois trimestres. Isto, após o preço da Bitcoin ter descido, na quarta-feira, para o nível mais baixo desde fevereiro, de 36.219 dólares, 44% abaixo dos 64.829 dólares, que é o valor mais alto de sempre.
O mercado das criptomoedas está em baixo desde que Elon Musk começou a questionar os impactos ambientais negativos da Bitcoin há cerca de uma semana. A decisão da China de proibir novamente as suas instituições financeiras de facilitarem transações criptográficas também contribuiu para a queda.
Sendo assim, as vendas da Bitcoin podem acelerar à medida que as pessoas tentam travar os ganhos obtidos no último mercado em alta. Qualquer pessoa que comprou criptomoedas em 2020 ainda apresenta um grande lucro, mas pode estar receosa que esses ganhos sejam temporários.
O fluxo de quatro semanas de dinheiro institucional direcionado para os fundos da Bitcoin ficou negativo pela primeira vez no final de abril, logo depois de a Bitcoin ter atingido novos máximos em torno dos 64 mil dólares.
Uma possível explicação é a de que os investidores institucionais estão a fugir da Bitcoin ao verem o seu término de tendência de alta dos dois trimestres anteriores e, portanto, procuram estabilidade no ouro tradicional.
Outra razão possível é os investidores considerarem o preço atual da Bitcoin muito alto em relação ao ouro e, portanto, façam o oposto do que fizeram nos dois trimestres anteriores, ou seja, vender Bitcoin e comprar ouro.
Apesar disto, não significa que a Bitcoin não esteja só numa pequena fase de transição, podendo o seu preço ainda voltar a subir.
Autor: Afonso Silva
Este artigo reflete o que todos os investidores sabem quando os mercados estão em crise, ou instáveis e/ou sobre a ameaça de um qualquer evento conjuntural negativo: o investimento em ouro tem tido ao longo dos anos variações pouco significativas (em tempos de prosperidade) que permitem manter uma “certa previsibilidade” face ao investimento realizado e uma evolução positiva em tempos de incertezas (desculpem a simplicidade do conceito, mas recordemo-nos do aparecimento em massa de casas para compra e venda de ouro nesta última grande crise financeira, económica e posteriormente também social).