Inflação: Taxa atinge valor de 10,2%, em outubro

Inflação: Taxa atinge valor de 10,2% em outubro. 

Décimo mês do ano e a espiral inflacionista parece não querer atenuar até ao fim do ano. A taxa de crescimento do nível geral de preços foi hoje anunciada para o mês de outubro com um valor de 10,2%, aproximadamente o quíntuplo do valor que o BCE espera para a a taxa de inflação nos países da Zona Euro

Apesar da deflação, fenómeno económico inverso da inflação também ser nefasto para o crescimento sustentável das economias, um exagerado crescimento dos preços pode ser arrebatador para o equilíbrio macroeconómico de um país. Preços excessivamente elevados traduzem-se em crises de sobreprodução, devido à incapacidade de as empresas escoarem os excedentes de produto. Famílias que são incapazes de consumir e investir não estimulam a procura interna, levando assim a uma contração do PIB português. 

Juntando tal cenário ao facto de assistirmos a um fenómeno que é, economicamente, conhecido por inflação importada piora drasticamente o panorama de qualquer país europeu que se sente nestes lençóis. Inflação importada resulta essencialmente do facto de importarmos matérias primas e subsidiárias, necessária à produção de bens de consumo final de vários ramos de atividade, oriundos dos países envolvidos em guerra, nos quais se verifica, por isso, escassez de produção e, por isso, países que cobram valores elevados àqueles que consomem tais produtos. 

O valor mais alto desde maio de 1992. O valor mais alto para a taxa de inflação num período de 30 anos. Se agora analisarmos o índice harmonizado de preços ao consumidor (IHPC), este terá registado uma variação homóloga de 10,7%, o que transparece uma aceleração muito mais acentuada no crescimento de preços, em 2022, face a 2021.  

É tempo de adotar medidas que contrariem a tendência galopante para a subida dos preços. Preços demasiado elevados podem pôr em perigo, tanto as economias, como também comprometer vidas daqueles que não conseguem fazer face à inflação. Bens essenciais registam atualmente valores incomportáveis para muitos cidadãos, cujo rendimento é incompatível com estilos de vida onerosos. 

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