Inflação sobe mais do que o previsto

Nos últimos meses, o tema da inflação tem estado na boca de todos os investidores, porque sobe mais do que o previsto. Com o pacote de estímulo económico de 1,9 biliões de dólares implementado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Reserva Federal foi obrigada a imprimir mais dinheiro.

O resultado tem sido um aumento do índice de preços do consumidor, um indicador importante de inflação, em cerca de 4,2% no espaço de um ano. É a subida anual mais rápida de inflação desde a grande recessão de 2008. No mês de Abril, registou o maior aumento mensal desde 1981.O preço de carros usados e camiões também é considerado um importante indicador, tendo subido cerca de 21% num ano devido à escassez global de chips.

Esta inflação não poderá continuar por muito tempo, já que levaria a uma hiperinflação devastadora para qualquer economia. Sendo um exemplo mais recente de hiperinflação, a economia da Venezuela, com efeitos destrutivos no poder de compra da sua população. 

A medida macroeconómica que contraria a inflação é a subida das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana. A subida das taxas de juros, por sua vez, tornam o mercado de obrigações mais atrativo, levando muitos investidores a fugir dos investimentos em ações para os de obrigações. 

A notícia de que a inflação subiu 4,2%, superior à meta definida pela Reserva Federal de apenas 2%, levou ao pânico de muitos investidores e a uma onda de vendas no mercado de ações, antes mesmo de se verificarem aumentos nas taxas de juro. 

A Reserva Federal insiste que não irá alterar as políticas monetárias até que se verifique uma subida média na inflação de 2% num período de tempo mais alargado. Para além disso, acrescenta que a taxa de desemprego terá de diminuir antes de se subirem as taxas de juro. Até lá, o economista Carl Weinberg refere num cenário hipotético, “o desemprego pode forçar o governo a subsidiar os rendimentos das pessoas por um período de tempo insuportável levando a um crash” e acrescenta que este é o cenário que a Reserva Federal irá tentar evitar a todo o custo. 

Autor: André Azevedo

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