Inflação na Zona Euro atinge máximo desde 2018

A inflação na Zona Euro atinge o seu nível máximo desde 2018, fixando-se perto dos 2% em maio, um aumento superior ao estimado. Esta subida deve-se ao levantamento das restrições sanitárias que os países europeus estão a levar a cabo como consequência de uma diminuição no número de casos de COVID-19, permitindo que lojas, restaurantes e instâncias turísticas comecem gradualmente a abrir.  

O valor de 2% corresponde à meta de inflação que o Banco Central Europeu pretende atingir no médio prazo, pois permite evitar a deflação e fomentar o crescimento económico, sem criar uma excessiva pressão de possíveis perdas no emprego e no poder de compra. 

Quanto a um possível crescimento da inflação acima deste valor, o BCE afirma que, a acontecer, será apenas transitório. A OCDE reforça esta posição, considerando natural este aumento face a um acréscimo nos custos operacionais e a uma redução da competição, resultante da pandemia e da falência de muitas empresas. Contudo, tanto a OCDE como o BCE esperam que este crescimento estabilize até ao fim do ano, sendo que irão emitir projeções atualizadas a 10 de junho.

De acordo com uma pesquisa da IHS Markit, outro fator que está a contribuir para este nível de inflação é um aumento da procura não acompanhado pela respetiva produção, levando fábricas a esgotarem os seus stocks ao ritmo mais rápido desde novembro de 2009, conduzindo naturalmente a uma subida dos preços. 

A retoma na economia revela igualmente impactos noutro importante indicador macroeconómico – o desemprego, que tem invertido a tendência de crescimento, tendo caído para 8%, de acordo com dados do Eurostat

Autor: João Rodrigues

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