A inflação tem atingido uma dimensão de grande escala, sendo que continua a aumentar na Europa e a levar Portugal a novos máximos registados.
No mês de julho, a Zona Euro registou inflação na ordem dos 8,9%, enquanto na União Europeia o valor foi mesmo superior, subindo para os 9,8%.
Desde junho de 2021 que a taxa de inflação se tem vindo a mostrar crescente, em grande parte face à subida dos preços da energia e alimentação por vários fatores, desde o conflito armado e a consequente escassez de produtos, bem como os conflitos geopolíticos entre EUA, Taiwan e China, que acabam (por via das duas grandes potências) por impactar na economia global.
Em conformidade com os dados revelados pela Eurostat, as taxas de inflação mais elevadas registaram-se na Estónia, Letónia e Lituânia e as mais baixas na França, Malta e Finlândia.
No entanto, Portugal foi um dos países que registou uma subida da taxa de inflação, para os 9,4% em julho, ficando, mesmo, acima da média europeia, mas sendo o nono país com a menor taxa.
Já se pretendermos fazer a comparação com a média da União Europeia, Portugal situa-se ligeiramente abaixo. A taxa de inflação na UE, de 9,8% em julho, acaba por contrariar os 9,6% de junho e os 2,5% na comparação com o mês homólogo.
O aumento dos preços dos produtos energéticos (de 4,02 pontos percentuais) foi o fator que mais contribuiu para a aceleração da taxa de inflação na região, seguindo-se a alimentação, álcool e tabaco (com mais 2,08 pontos percentuais), os serviços (com mais 1,6 pontos percentuais) e os bens industriais não energéticos (com mais 1,16 pontos percentuais).
A realidade é que a inflação continua a acelerar nas principais economias globais e os governos têm procurado soluções e alternativas, avançando com pacotes de ajuda de milhares de milhões de euros de forma a amortizar alguns dos efeitos resultantes da subida dos preços para as famílias e empresas.

Sérgio Garcez, 20 anos, natural de Viana do Castelo. Atualmente frequenta o 3.º ano da licenciatura em Gestão na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP). Dado o seu interesse pela área financeira e o seu gosto pela escrita, ingressou na MeuCapital em março de 2022, com o objetivo de promover a literacia financeira em Portugal.