Inflação depois do COVID-19

Inflação é uma preocupação constante e comum da sociedade, deixando-nos com dúvidas sobre o que irá acontecer à economia Pós-COVID.

Sem dúvida há muita especulação sobre o resultado quando a pandemia acabar e as restrições forem completamente levantadas.

Grande parte dos economistas afirma que iremos entrar num período de baixa inflação ou mesmo deflação. Muitos assumem que inflação baixa está presente nas políticas económicas e nos mercados financeiros. É por isso que o banco central mantém uma política de taxas de juro baixas e compra maciça de títulos de dívida pública.

Contudo, há um grupo de economistas que teme uma explosão temporária de inflação no próximo ano. Algo que é sem dúvida preocupante, já que o stock da dívida é muito grande e os balanços do banco central estão inchados.

Uma preocupação é que quando estiverem vacinados os consumidores podem aumentar significativamente as suas despesas e superar a possibilidade das empresas de restaurar e expandir a sua capacidade, fazendo com que os preços subam, algo que a economia global tem mostrado sinais de que possa acontecer, por exemplo com o aumento do preço do cobre em 25% desde o início de 2020. 

O segundo argumento é que a globalização tem sido um agente essencial para manter a inflação em níveis controlados criando um mercado mais eficiente para bens e trabalho. Mas a globalização tem estado a recuar criando assim pressões de preços mais persistentes que podem causar um aumento descontrolado dos preços.

Isto seria desastroso já que os bancos para travar esta subida de preços teriam que aumentar as taxas de juros. O que levaria a um desabamento dos mercados e a uma possível falência de muitas das empresas endividadas.

No entanto, neste momento é muito difícil ter certezas e apenas podemos especular. O mais provável é que os inflacionistas estejam errados, tendo em conta que a pandemia causou um aumento dos níveis de desemprego e uma grande perda dos rendimentos da população.

Por fim, a pandemia COVID-19 mostrou o valor da preparação para eventos raros, mas devastadores. O retorno da inflação não deve ser exceção.

Autor: Duarte Vieira | Fonte

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