Inflação atinge o valor mais elevado de sempre desde 1992 em setembro

A subida do nível de preços tem sido uma tendência desde períodos anteriores ao início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que contribuiu para o encarecimento de inúmeros bens e, a nível empresarial, a cessão de várias atividades em solo russo.

A redução do poder de compra e o asfixiamento sentido pelos portugueses está a alterar constantemente as suas formas de consumo e a comparação de preços, já se tornou um procedimento normal implementado por muitos na tomada de decisão.

Desta feita, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de inflação em Portugal fixou-se em 9,3% em setembro, uma aceleração face aos 8,9% registados em agosto (altura em que houve um decréscimo). Com estes valores, a inflação atinge o valor mais elevado desde outubro de 1992 sendo que, de acordo com os dados divulgados, “o indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) manteve a tendência de subida dos meses anteriores, registando uma variação de 6,9% (6,5% em agosto)”.

No caso português, a variação de preços nos produtos energéticos até desacelerou, embora os preços tenham galopado 22,2% (menos 1,8% do que em Agosto). Porém, outras classes de bens continuam a pressionar fortemente o poder de compra dos consumidores, cujos salários não estão a acompanhar a subida da inflação em produtos como bens alimentares, vestuário e calçado e também os acessórios e equipamentos domésticos, que são os principais contribuintes para a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC). Num mês que marca a reabertura das escolas após as férias e o regresso ao trabalho de milhares de famílias, a classe que mais contribuiu para esta variação mensal foi a do vestuário e calçado, especifica o INE, com uma variação de 23,8%.

Ainda em relação ao mês anterior, o gabinete estatístico destaca, por classes de despesa, as subidas de preços dos ‘restaurantes e hotéis’ e dos ‘acessórios, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação’, de  17,7%, e 11,9% respetivamente. Todas estas viram uma aceleração dos preços face ao mês anterior, contribuindo para um crescimento total de 1,2% da taxa de inflação e um aumento do IHPC em 1,3%.

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