Os Estados Unidos voltaram a registrar um crescimento na inflação durante o mês de abril, com a inflação homóloga a se fixar nos 4,4% e ao nível mensal os preços registaram uma subida média de 0,4%.
O Departamento do Comércio americano informou que durante o mês de abril os EUA presenciaram uma inflação de 4,4%, mais 2 pontos percentuais do que no mês de março.
Isto significa que comparado a abril do ano passado, altura em que já se sentiam os primeiros efeitos da invasão russa da Ucrânia, das sanções impostas pelo Ocidente a Moscovo e toda a incerteza que este cenário geopolítico estava a provocar um pouco por todo o mundo.
Ao nível mensal, a inflação foi de 0,4%, ou seja em comparação com o mês de março houve um aumento de preços e também mostra que poderá estar a haver uma nova aceleração no nível de preços, uma vez que em março se tinha registado uma inflação mensal de 0,1%.
Os principais motivos que levaram a esta aceleração no nível geral de preços foram o aumento dos preços dos alimentos (6,9% de aumento em termos anuais), dos serviços (5,5%) e também dos bens de consumo (2,1%), também a energia voltou a ver os seus preços subirem de forma acentuada.
Se observamos a inflação subjacente, que exclui os preços da alimentação e da energia, esta fixa-se 4,7% em termos anuais e 0,4% em termos mensais.
Se utilizarmos o IPC, também obteremos conclusões semelhantes, com o índice de preços ao consumidor a ser de 4,9% em termos homólogos e 0,4% em relação a março.
É por isso neste momento prematuro falar numa data para o fim da inflação, sendo que a Federal Reserve tem mantido a sua política de aumento das taxas de juro, para que possa tentar conter estes níveis históricos de inflação, tendo desde o início desta pressão inflacionária procedido a vários aumentos nas taxas de juro, aumentando-as para os 5,25% durante o mês de março.

Mário Costa, estudante do 1º ano do Mestrado em Finanças na FEP, Financial Content Writer na MeuCapital e Membro do Departamento de Corporate Finance no FEP Finance Club. É escuteiro desde os 9 anos e ao longo dos anos desenvolveu um forte interesse pela área financeira, tendo por a missão de contribuir para uma maior literacia financeira em Portugal.