Os índices americanos S&P 500 e Nasdaq fizeram história, esta quinta-feira, ao ultrapassar valores nunca antes atingidos. O S&P 500 registou um crescimento intradiário de 0,68%, alcançando a marca dos 4.270 pontos pela primeira vez, enquanto o Nasdaq, índice americano do setor tecnológico, ultrapassou os 14.400 pontos.
Estes registos históricos ocorrem no mesmo dia que Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos, anuncia que o acordo para o investimento na infraestrutura do país está concluído, o que demonstra que os investidores possuem confiança neste plano e nos possíveis benefícios consequentes que poderá ter na economia dos EUA.
O pacote de investimento anunciado por Joe Biden representará um investimento total de aproximadamente 1,2 biliões de dólares na criação e desenvolvimento de infraestruturas, num período total de 8 anos, que promete criar postos de trabalho. Quase metade do capital, cerca de 579 mil milhões de dólares, será utilizado para a criação de novas infraestruturas, com um particular foco no setor dos transportes, que contabiliza 312 mil milhões de dólares para a criação de estradas, pontes e ferrovia.
O principal mecanismo para fornecer os fundos necessários para o decorrer deste projeto será, maioritariamente, impostos aplicados à classe mais alta de indivíduos. Segundo Biden, as medidas de pagamento de impostos serão refinadas, de modo a evitar evasão fiscal e “garantir que as pessoas paguem o que devem”. Adicionalmente, também fundos não utilizados provenientes do estímulo económico para a pandemia da COVID-19 serão aplicados neste pacote de desenvolvimento de infraestruturas.
Apesar da confiança demonstrada pelos investidores face às declarações do Presidente, muitos demonstram o seu descontentamento relativamente à remoção dos planos de investimento no setor das energias renováveis. A injeção de capital neste setor constava originalmente neste pacote de investimento, que foi agora adiado indefinidamente, algo que não agrada à comunidade científica, que realça a importância de “agir o mais depressa possível”.
Autor: Diogo Neves
