Portugal nunca tinha importado tanta eletricidade como em 2022, e nos primeiros 5 meses do ano, atingiu um máximo histórico de 4402 gigawatts hora (GWh). Esta marca conseguiu ultrapassar o ano anteriormente recorde de 2008, onde Portugal importou de Espanha 4203 GWh.
Segundo os dados das Redes Energéticas Nacionais, as importações de eletricidade efetuadas tiveram um peso de 21% em relação ao total de bens e serviços importados para a economia nacional nos primeiros cinco meses do ano.
Em relação aos restantes tipos de energia, as renováveis abasteceram 49% do país sendo que 26% foi energia eólica, 12% hídrica, e o resto biomassa e fotovoltaica.
Desta feita, segundo os dados da REN, no acumulado dos primeiros cinco meses do ano, o consumo de energia elétrica cresceu 2,7%, ou 3,0% com a correção do efeito da temperatura e dias úteis.
No mercado de gás natural, registou-se em maio um crescimento de 3,2%, em “resultado de uma quebra de 22% no mercado convencional, compensada pela subida no segmento de produção de energia elétrica, que registou um aumento homólogo de cerca de 70%”. De acordo com a entidade, “o abastecimento foi efetuado integralmente a partir do terminal de GNL [gás natural liquefeito] de Sines, mantendo-se as exportações através da interligação com Espanha, que representaram este mês cerca de 16% do consumo nacional”.
De janeiro a maio, o consumo acumulado anual de gás natural “esteve praticamente em linha com o verificado no mesmo período do ano anterior”, registando um crescimento global de 0,2%, resultado de uma quebra de 23% no segmento convencional e de um crescimento de 67% no segmento de produção de energia elétrica.
Em suma, as energias renováveis contribuíram para 45% do consumo de eletricidade de Portugal em maio, o gás contribuiu com 33% e a eletricidade importada chegou a 22% registando o valor mais elevado de sempre ultrapassando mesmo, a quantidade de eletricidade importada nos tempos da “troika”, mais especificamente no ano de 2008.
Duarte Talhão, 18 anos, natural de Faro. Frequenta o 2º ano de licenciatura em Gestão de Empresas na Faculdade de Economia da Universidade do Algarve (UALG). Atualmente pretende desafiar-se diariamente e dado o gosto pela área económico-financeira, decidiu integrar a MeuCapital em março de 2022 onde o fulcral objetivo passa por abordar e desmistificar temas que promovam a literacia financeira e que permitam a constante aprendizagem com os restantes membros da organização.