A Alemanha enfrentou uma greve geral durante o início desta semana, é a maior greve dos últimos tempos no país, provocando consternações em aeroportos, estações de comboios e terminais de autocarro.
Um pouco por toda a Europa, Portugal também incluído, as greves gerais e as manifestações/protestos dos trabalhadores têm andado a ser notícia. Depois de França e do Reino Unido, agora é a vez da Alemanha sentir os efeitos da greve, com uma greve geral de 24h, que causou terminais de comboios vazios, aeroportos desertos, autocarros parados, foram muitos os passageiros afetados e vários os problemas causados na população alemã. Por exemplo, um dos maiores aeroportos da Europa, o de Frankfurt, viu-se obrigado a cancelar quase a totalidade dos voos.
Esta greve geral foi convocada por dois sindicatos, o Verdi (Sindicato dos Serviços Unidos) e EVG (Sindicato de Ferroviários e Transportes), que representam quase 3 milhões de trabalhadores.
A grande reivindicação dos trabalhadores é, tal como nos outros países da UE, o aumento dos salários. “Estamos em greve por um aumento salarial de 10%, 10,5%, de, pelo menos, 500 euros. A taxa de inflação na Alemanha está muito alta agora e também foi muito alta no ano passado. Os nossos colegas precisam de dinheiro para sobreviver”, sublinhou Philipp Schumann, representante do sindicato Verdi.
Já no lado do EVG, que representa mais de 270 mil trabalhadores da Deutsche Bahn e de empresas de autocarros, as pretensões são de aumentos de 6,5%, de no mínimo 650 euros, em entrevista, o seu representante, Martin Burkert, disse que empregadores ainda não fizeram nenhuma proposta viável, alertando ainda para a possibilidade de novas greves durante o período de férias da Páscoa.
Os sindicatos e as entidades empregadoras encontram-se em negociações durante esta semana e a falta de um acordo poderá levar a uma nova greve na semana da Páscoa.
Mário Costa, estudante do 1º ano do Mestrado em Finanças na FEP, Financial Content Writer na MeuCapital e Membro do Departamento de Corporate Finance no FEP Finance Club. É escuteiro desde os 9 anos e ao longo dos anos desenvolveu um forte interesse pela área financeira, tendo por a missão de contribuir para uma maior literacia financeira em Portugal.
