Greenvolt avança com pedido de entrada em bolsa

A Greenvolt vai avançar com um pedido de entrada em bolsa, tendo, esta quinta-feira, 24 de junho, anunciado a intenção de avançar com o processo de Oferta Pública Inicial (IPO na sigla em inglês) num valor a rondar os 150 milhões de euros, destinado a investidores institucionais. A esta, soma-se ainda uma tranche de 56 milhões de euros em espécie, subscritos pelos acionistas da polaca V-Ridium, empresa do setor de energia eólica e solar.

A Greenvolt é uma empresa que opera como um dos principais operadores de energia de biomassa em Portugal, com uma quota de mercado de cerca de 48%. A Altri renova a intenção de se manter o acionista de referência, ficando com a maioria do capital, sendo que 5% do capital da Greenvolt será entregue aos acionistas da Altri. O free float mínimo estabelecido, que corresponde à percentagem de ações que poderão ser livremente transacionadas no mercado secundário, situa-se nos 25%. 

Só este ano, a Greenvolt prevê investir 300 milhões de euros, antecipando com esta operação aumentar a sua capacidade para continuar a crescer sustentadamente, depois de importantes aquisições, como a central de biomassa britânica Tilbury. Por este motivo, até 2025, quem investir na empresa não deve pensar em receber dividendos.

O IPO será benéfico para a Greenvolt, visto que “tornará visível o seu valor, a ser partilhado com investidores de mercado, e proporcionará à empresa independência de capital para continuar a satisfazer as suas ambições de crescimento”, acrescenta o CEO da empresa, João Manso Neto.

Com esta operação, a Greenvolt, que dispõe ainda de cerca de metade dos 200 milhões em linhas de crédito para se financiar, conforme avançou Manso Neto no Investors Day da energética, pretende conseguir uma base de capital suficientemente forte para prosseguir a expansão sem precisar de mais capital dos acionistas. 

Nesse esforço de desenvolvimento e crescimento, que passa por investir 1,5 a 1,8 mil milhões de euros, a Greenvolt irá concentrar-se em oportunidades de crescimento, com o objetivo de atingir uma capacidade operacional de 1,1 GW em quatro anos. Em 2025, os planos são os de atingir um EBITDA de 3,5 a 4 vezes o atual (32,8 milhões de euros em 2020), com os resultados líquidos a crescer cerca de 40%.

Autor : Guilherme Padez dos Santos

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