Governo do Uzbequistão restringe acesso a plataformas de criptomoedas

O governo do Uzbequistão restringiu acesso a plataformas de criptomoedas, como a Binance, FTZ e Huobi.  O anúncio do bloqueio de sites de exchanges globais dos ativos digitais foi feito na última quarta-feira, 10 de agosto, pelas autoridades do país.

A causa do fechamento dos sites, de acordo com a Agência Nacional de Projetos Perspectivas do Uzbequistão, é que a legislação do país não permite que os cidadãos negociem criptoativos em plataformas estrangeiras. Até o momento, a única plataforma que possui licença para funcionar na região é a exchange local UzNEX.

Ainda em maio deste ano, Shavkat Mirziyovev, presidente do país, publicou um documento sobre a regulação dos criptoativos e atribuiu à Agência Nacional de Projetos Perspectivas o papel de regulador do setor.

O head da Binance na Europa Oriental e Rússia, confirmou que, desde o dia 9 de agosto, o site não está acessível para usuários do Uzbequistão. Além da Binance, outros sites de exchanges de criptomoedas, como o Huobi, FTX e Bybit também já se encontram bloqueados. Atualmente, a Binance está a negociar com as autoridades locais a sua expansão para a Comunidade dos Estados Independentes, CEI, organização composta por países que faziam parte da União Soviética, como é o caso do Uzbequistão. 

Com o crescimento e ganho de popularidade do mercado das criptomoedas, muitos países e organizações intergovernamentais estão a repensar as regulamentações voltadas ao ativo. Como é o caso da ONU, Organização das Nações Unidas, que no último mês sugeriu aos países em desenvolvimento a proibição de anúncios ligados a criptomoedas, o registro obrigatório dessas carteiras e a cobrança de impostos sobre transações que envolvam os criptoativos.

Maysa Deliberador

Maysa Deliberador, 25 anos, licenciada em Gestão pela Universidade Católica de São Paulo, atualmente frequenta o 3º ano da licenciatura em Psicologia na Universidade Católica Portuguesa. Seu interesse no impacto dos acontecimentos políticos e econômicos nas pessoas e sua paixão pela escrita fez com que se tornasse embaixadora da MeuCapital.